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Caminhoneiro que acionou a Polícia Militar para denunciar ter sido vítima de roubo e sequestro na quinta-feira (12) acabou preso em flagrante, por apropriação indébita. Ele teria encenado, a mando do patrão, que pretendia dar o golpe do seguro simulando o roubo do veículo e da carga, avaliada em R$ 180 mil. O caminhoneiro acionou a Polícia Militar e relatou que na quinta-feira trafegava entre Ilha Solteira (SP) e Selvíria, por volta das 20 horas, quando foi abordado pelos ocupantes de um carro prata, um sedan. Dois homens desceram armados e renderam o motorista. Eles teriam obrigado a vítima a deitar na cama do caminhão e, depois, o motorista alegou que não viu mais nada, apenas ouviu duas empilhadeiras retirarem a carga de chapas de aço. Depois, a vítima teria sido levada até Água Clara, onde acionou a polícia. Já na delegacia, os policiais civis acabaram desconfiando da história contada pelo homem, de 26 anos. Equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Três Lagoas que auxiliava no caso verificou que o caminhão passou por Andradina (SP) às 21h40 e, às 22h30 estava em Três Lagoas. Questionado, o caminhoneiro continuou afirmando que dizia a verdade, mesmo o caminhão não estando na rota que ele indicou. Foi feito contato com a empresa proprietária da carga, pelos policiais, e foi informado que o veículo e a carga eram rastreados. Assim, foram solicitados os dados dos rastreadores, indicando novamente a rota feita até um trevo, depois de Andradina (SP). No entanto, depois disso o caminhão e a carga foram separados. O caminhão seguiu até Água Clara, mas o sinal de rastreio da carga sumiu. O caminhoneiro acabou confessando que o patrão organizou o crime, com intenção de dar o golpe do seguro. Ele contou então que recebeu ligação antes de chegar em Andradina (SP), quando o patrão disse que uns homens o assaltariam, em uma encenação. Assim, os fatos aconteceram conforme relatado pelo motorista, menos o fato de ter passado em Ilha Solteira e Selvíria. Ele foi detido em flagrante, por apropriação indébita, e o patrão dele pelo mesmo crime, além de estelionato e por associação criminosa.

Eles tiveram uma discussão familiar

Um policial militar de Campo Grande foi denunciado por agredir a própria enteada, uma jovem de 20 anos. O fato aconteceu na casa da família, durante uma discussão por conta do horário que a vítima teria chegado na residência.

Conforme as informações do boletim de ocorrência, a que o Jornal teve acesso, o militar convive com a mãe da vítima há 5 anos e esta é a primeira vez que ocorre um caso de agressão. A jovem procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na madrugada do dia 5 de maio.

Em relato, ela contou que discutia com a mãe e o padrasto, por causa do horário que chegou em casa. Isso, porque os responsáveis diziam que era tarde demais. Porém, durante a briga o policial teria começado a xingar a jovem e a puxou pelos cabelos.

Depois, torceu o dedo da mão esquerda da vítima, que ficou com dores e procurou atendimento médico. No posto de saúde, ela foi informada que o dedo estava fraturado e precisou engessar a mão.

A vítima declarou na delegacia que a mãe sempre acaba ficando do lado do padrasto nas brigas. Ela não quis solicitar medida protetiva, já que continua morando na residência com a família.

Sobre a arma de fogo do policial, ela informou que ele possui, mas que nunca ameaçou usar. O caso foi registrado como injúria e lesão corporal dolosa, qualificadas pela violência doméstica.

O Jornal recebeu a denúncia após as 17 horas e acionou a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. No entanto, por conta do horário ainda não foi possível obter resposta junto à Corregedoria, sobre procedimento administrativo que possa ter sido instaurado contra o militar.

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