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Análise: Botafogo de Barroca tem muita posse no Morumbi, mas roda demais a bola e pouco cria

Na derrota por 2 a 0 para o Tricolor, time não levou perigo à meta de Tiago Volpi e cometeu erros bobos nos gols do adversário

Em sua estreia no Campeonato Brasileiro, o Botafogo basicamente rodou a bola, mas pouco criou na derrota por 2 a 0 para o São Paulo. Não conseguiu abrir espaços pelos flancos e nem tampouco deu esperanças à torcida de que poderia chegar ao gol. Faltou dinamismo e movimentação. O controle de jogo, os raríssimos erros de passe e a disposição tática montada para vencer o jogo foram os pontos positivos.

– Acho que o grande exercício de preparação para os próximos jogos é conseguir transformar essa coragem e esse controle de jogo em mais oportunidades de gols – admitiu Barroca, após o jogo.

O Botafogo teve mais posse de bola no primeiro tempo (61%), finalizou mais (4 a 3), porém não criou nenhum perigo para o São Paulo. Jogou muito por dentro e não explorou seus laterais. Pecou também nas entradas duras, chegando a três cartões amarelos em 22 minutos.

Marcou forte e pressionou a saída de bola do São Paulo no início, mas não conseguiu chegar. Esteve bem postado defensivamente, porém cometeu falhas no gol. Pimpão deu espaço a Antony, e Bochecha não acompanhou a projeção de Everton, que entrou no meio dos dois zagueiros para cabecear.

Na etapa final, o time manteve a superioridade na posse (terminou o jogo com 66%), novamente finalizou mais, porém só chegou com relativo perigo em cobrança de falta de Valencia, aos 39 minutos da etapa final, quando o jogo já estava definido.

O segundo gol também foi repleto de erros, com destaque para a entregada de Erik para Tchê Tchê, que tirou Pimpão e Marcinho com muita facilidade antes de tocar para Hernanes, e Hudson matar o jogo.

– Teve o lance do Erik no começo do jogo, Pimpão e Cícero tiveram chances no primeiro tempo. No segundo, o Cícero chutou de fora. No início do segundo tempo, tivemos um lance em que o Pimpão roubou e tocou para trás. Tivemos a falta do Léo Valencia. Mas concordo que, pelo controle de jogo que tivemos por trás, a quantidade de chance criadas não foi a que esperávamos – afirmou Barroca em entrevista coletiva.

Pontos positivos: a saída de bola melhorou bastante com Bochecha, figura que também foi bem na marcação com cinco roubadas, de primeiro homem. Aliás, o time todo errou pouquíssimos passes: foram apenas 25 de 380 (6,5%). É bom destacar, porém, que a equipe abusou de toques laterais. Marcinho foi a exceção, ousando em três lançamentos longos.

Pontos negativos: o Botafogo não criou nada de perigo durante o jogo. Os jogadores que ocuparam os lados do campo estiveram abaixo do que podem demonstrar. Cícero e Pimpão foram mal, e os laterais pouco subiram.

Fonte G1 Rio de Janeiro.

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