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Toni Morrison, escritora americana e ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, morre aos 88 anos

'Apesar de sua morte representar uma tremenda perda, estamos gratos por ela ter tido uma vida longa e bem vivida', afirmou a família em comunicado.

A escritora americana Toni Morrison, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1993, morreu nesta segunda-feira (5) aos 88 anos. De acordo com a editora Alfred A. Knopf, a autora estava internada no Centro Médico Montefiore, em Nova York. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (6), a família informou que Morrison “morreu após uma breve doença”.

“Apesar de sua morte representar uma tremenda perda, estamos gratos por ela ter tido uma vida longa e bem vivida”, diz a nota, segundo a agência de notícias France-Presse.

Nascida em 18 de fevereiro de 1931, em Ohio, nos Estados Unidos, Toni Morrison foi a primeira afro-americana a ganhar o Nobel de literatura. Sua obra – composta por 11 romances, textos infantis e ensaios – ficou marcada pelo retrato dos negros em seu país, com foco em personagens femininas.

A escritora teve sucesso de crítica e de público. Frequentou as listas de mais vendidos do jornal “The New York Times” e também teve várias obras indicadas pela apresentadora de TV Oprah Winfrey em seu clube do livro.

A estreia como romancista veio em 1970, com “O olho mais azul”. Dentre seus livros mais conhecidos, estão “Sula” (1973), que rendeu indicação ao National Book Award, e “Amada” (1987), com o qual ganhou o Pulitzer, um dos principais prêmios literários dos Estados Unidos.

O filme baseado no livro, que conta a história de uma ex-escrava, foi lançado em 1939 e teve a própria Oprah Winfrey no elenco.

Quando anunciou o Nobel para Toni Morrison, a Academia Sueca, responsável pelo prêmio, destacou os “romances caracterizados pela força visionária e importância poética”. Por meio deles, disse a instituição, a escritora deu “vida a um aspecto essencial da realidade americana”.

O blog da Companhia das Letras, que edita Toni Morrison no Brasil desde o final dos anos 1990, publicou nesta terça uma nota em que lamenta a morte da autora e cita um trecho do discurso dela ao receber o Nobel:

“Nós morremos. Esse pode ser o significado da vida. Mas nós fazemos linguagem. Essa pode ser a medida de nossas vidas”.

Fonte: G1

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