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Disputa pelo cargo de deputado federal deve ser a mais acirrada de todos os tempos

A direção do MDB aposta na eleição de Moka e Jamal Salém; tucanos querem duas ou três cadeiras; PSD, União Brasil e PT também devem garantir uma vaga, mas admitem estar trabalhando por duas cadeiras em Brasília

Quanto mais o tempo passa e mais próximas ficam as eleições de 2 outubro, mais complicada fica uma equação cujo resultado todos sabem que é 8.

Os dirigentes dos partidos envolvidos na disputa pelas cadeiras sul-mato-grossenses na Câmara Federal não conseguem sequer montar a continha que deveria ser bem simples: uma adição do tipo 2 mais 2, mais 2 e mais 2, igual a 8.

Porém, a coisa é mais complicada do que se possa imaginar.

Senão, vejamos:

O MDB, do candidato a governador André Puccinelli, que lidera todas as pesquisas de intenção de votos, trabalha com a ideia fixa de eleger, no mínimo, dois deputados federais, não desprezando a possibilidade de eleger um terceiro nome, haja vista o crescimento da candidatura majoritária.

Vereador Jamal Salém é um dos candidatos do MDB à Câmara Federal _ Arquivo/Divulgação

As pesquisas de consumo interno – aquelas que são encomendadas, mas não são registradas e nem publicadas – mostram como prováveis eleitos o ex-senador Waldemir Moka, uma verdadeira lenda dentro do MDB, o único partido a que foi filiado na vida, e o vereador Jamal Salém que, além da Capital, alargou suas fronteiras eleitorais pelo interior.

Porém, no time emedebista há ainda outros nomes de peso como o empresário Carlos Bernardo, CEO da Universidade Central do Paraguai (UCP), que tem feito um excelente trabalho de divulgação de seu nome; o ex-deputado federal Antônio Cruz, o presidente da Câmara de Dourados, Laudir Munareto, e o jovem empresário Victor Eugênio Cabreira Júnior, o Tatão.  Maria de Lourdes Monteiro Godoy, Mariza Garcia Rocha e Kátia Souza Santos fecham o grupo de nove candidatos emedebistas à Câmara Federal.

Eleição de deputados federais é meta de todos os partidos, pois tempo de TV e dinheiro do Fundo Eleitoral são distribuídos conforme número de parlamentares eleitos _ Divulgação

TUCANOS QUEREM DOIS, OU TRÊS – O PSDB, que lidera a maior frente partidária formada com vistas à eleição de governador, trabalha com a possibilidade de eleger no mínimo dois deputados federais tucanos, número que pode ser acrescido de mais um ou até dois parlamentares eleitos pelos partidos que apoiam a candidatura do ex-secretário de estado de Infraestrutura, Eduardo Corrêa Riedel.

Só à reeleição, a coligação encabeçada pelo PSDB tem seis candidatos que se enquadram nesse perfil: Beto Pereira, Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende e Bia Cavassa, todos do PSDB e dentre os quais devem sair seguramente pelo menos dois tucanos reeleitos.

Mas integram, ainda, a coligação tucana os deputados federais Dr. Luiz Ovando e Loester Tio Trutis, ambos ligados ao Partido Liberal (PL), mesma legenda à qual é filiado o presidente da República Jair Bolsonaro. A soma dos votos de todos os candidatos da legenda pode resultar em um eleito.

O Republicanos e o Progressistas (PP) também apresentaram chapas competitivas, assim como o PSB, comandado no Estado pelo médico Ricardo Ayache. No caso do Republicanos, há nomes bastante conhecidos do eleitorado como Wilton Acosta, Pastor Gilmar da Cruz, Chiquinho e a Enfermeira Cida do Amaral.

UNIÃO BRASIL – O grupo político formado em torno da eleição da candidata a governadora Rose Modesto também trabalha com a possibilidade de eleger no mínimo um parlamentar. Atingido o “número mágico”, representado pelo coeficiente eleitoral – algo em torno de 150 mil votos por partido para eleger um deputado federal – a possibilidade de um segundo nome garantir a cadeira fica mais concreta.

O União Brasil tem Rose Modesto, sua candidata a governadora, como única representante da legenda na Câmara Federal. Mesmo assim, trabalha confiante de que a boa votação de Modesto para o governo facilitará a eleição de ao menos um representante.

PSD – Trabalhando com a candidatura de Marquinhos Trad, que tem sido exposto negativamente na mídia sob acusação de crime sexual, o PSD busca a reeleição de Fábio Trad e espera uma super votação do irmão do candidato a governador para sonhar com um segundo parlamentar eleito pela legenda.

PT – Por fim, dentre os grandes partidos entra em cena o time do PT que vai para eleição com apenas um candidato à reeleição, o deputado Vander Loubet. A meta petista, além da reeleição de Vander que é dada como segura, é eleger mais um parlamentar com a soma dos votos dos demais integrantes da chapa, que são novatos.

Com Zeca do PT disputando uma cadeira na Assembleia Legislativa, os petistas apostarão no “voto casado”, ou seja, quem votar em Zeca vota também em um candidato a federal da legenda para atingir e superar os prováveis necessários 150 mil votos que são a barreira que enfrentarão todos os partidos.

PRTB – O partido do candidato a governador Capitão Contar é outro que precisará primeiro passar no teste do coeficiente eleitoral, barreira que, em 2018, o MDB não conseguiu superar e amargou pela primeira vez na história de Mato Grosso do Sul quatro anos sem representante na Câmara Federal.

A aposta do PRTB é na performance do Capitão Contar. Caso ele caia nas graças dos bolsonaristas, a candidatura majoritária tende a crescer e trazer com o crescimento votação nos candidatos proporcionais. No entanto, analisando sob a luz da razão, o PRTB dificilmente atingirá o número mínimo de 150 mil votos entre os seus candidatos a deputado para eleger ao menos um para a Câmara Federal.

PSOL E PCO – Por fim, restam os dois pequenos partidos ideológicos que lançaram candidatos ao governo mais para marcar presença do que para concorrer em igualdade de condições com as grandes legendas e grandes coligações. Porém, não se pode descartar 100% a possibilidade de eleger algum representante, eis que na eleição municipal de 2020 o PSOL estreou seu primeiro prefeito, João Alfredo Danieze, na cidade de Ribas do Rio Pardo, algo até então nem considerado pelos analistas políticos.

 

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