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Família Gagliasso tem duas ações por racismo na Justiça prestes a terem desfecho; entenda

Casos são referente a ofensas feitas por Dayane Alcantara Couto de Andrade, conhecida como Day McCarthy

A família Gagliasso tem dois processos na Justiça —um na esfera Cível e outro na Criminal — relativos a outro episódio de racismo contra Títi ocorrido em novembro de 2017. Na ocasião, Dayane Alcantara Couto de Andrade, conhecida como Day McCarthy e que diz ser uma “socialite”, usou uma rede social para proferir ofensas contra a menina, chamando-a de “macaca” com “cabelo horrível, de bico de palha” e “nariz de preto”. Como ela não foi localizada, será julgada à revelia.

— Foi um ataque bem mais agressivo, até mesmo por ter sido um post com um alcance muito maior — disse ao GLOBO Alexandre Celano, advogado de Gagliasso, Giovanna Ewbank e Títi.

Segundo ele, o maior problema enfrentado nas duas ações foi localizar Day McCarthy:

Day McCarthy será julgada à revelia — Foto: Instagram / Reprodução

Day McCarthy será julgada à revelia — Foto: Instagram / Reprodução

— Tivemos uma dificuldade muito grande para encontrá-la e conseguir citá-la. Não foi possível. Então, a citação por edital foi feita.

De acordo com o advogado, num primeiro momento a acusada dizia estar no Canadá. Depois foi descoberto que ela estava na Europa e, atualmente, voltou aos Estados Unidos, onde já morou anteriormente.

Na ação cível, os três alvos de Day pedem uma indenização de R$ 180 mil — valor que será corrigido em caso de condenação. Já na criminal, o primeiro passo foi conseguir a mudança da tipificação do crime: de injúria racial, que é de baixo potencial ofensivo, para racismo, delito hediondo, inafiançável e imprescritível.

— Provavelmente ela será condenada. Quase impossível um juiz não condenar — disse Celano, que acredita numa pena superior a cinco anos.

O GLOBO não conseguiu localizar a defesa de Day McCarthy. O espaço segue aberto para qualquer manifestação.

A ofensa

A agressão de Day contra Títi ocorreu quando a menina tinha apenas 4 anos. Num vídeo gravado pela pela acusada e compartilhado por diversos perfis, ela dizia não entender por que as pessoas “ficavam no Instagram do Bruno Gagliasso, elogiando aquela macaca”..

“A menina é preta, tem um cabelo horrível, de bico de palha, e um nariz de preto, horrível, e o povo fala que a menina é linda? Aí essas mesmas pessoas vêm ao meu Instagram me criticar pela minha aparência?”, disse Day.

Giovanna reagiu à época: “Bom domingo com amor e a pureza de uma criança a todos que têm nos mandado mensagens sobre o acontecido. Racismo é crime, e já estamos tomando as devidas providências perante a lei”.

Outro ataque

Em novembro de 2016, Títi já havia sido alvo de racismo. Na ocasião, Gagliasso prestou queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio, por causa de um comentário feito numa postagem de Giovanna. “Você e seu marido até que combina, mas a criança que vocês adotaram não combinou muito, porque ela é pretinha e lugar de preto é na África” dizia a mensagem. O comentário foi apagado em seguida e o perfil da pessoa, excluído.

Fonte: O Globo

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