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Finlândia e Suécia assinam protocolo de adesão à Otan

Adesão dos países, no momento, garante apenas que façam parte das reuniões. Para que entrem na cláusula de defesa conjunta deve haver uma avaliação dos demais membros.

Os aliados da Otan assinaram um protocolo de adesão para a Finlândia e a Suécia nesta terça-feira (5). O documento permite que os países se juntem à aliança, assim que os parlamentos ratificarem a decisão. Trata-se da expansão mais significativa da aliança desde a década de 1990.

A assinatura na sede da Otan segue um acordo com a Turquia, fechado durante cúpula na semana passada, em Madri. O governo turco suspendeu seu veto à adesão das nações nórdicas, após garantias de que ambos os países fariam mais para combater o terrorismo.

“Este é realmente um momento histórico”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ao lado dos ministros das Relações Exteriores dos dois países. “Com 32 nações ao redor da mesa, seremos ainda mais fortes.”

O protocolo significa que Finlândia e Suécia podem participar de reuniões da Otan e ter maior acesso à inteligência, mas não serão protegidos pela cláusula de defesa – garantia que prevê que um ataque a um aliado da organização é, na verdade, um ataque contra todos.

A decisão ainda deverá ser ratificada pelos países membros. Estima-se que esse processo levará até um ano.

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em pronunciamento ao lado de representantes de Finlândia e Suécia — Foto: Yves Herman/REUTERS

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em pronunciamento ao lado de representantes de Finlândia e Suécia — Foto: Yves Herman/REUTERS

O conflito entre Rússia e Ucrânia teria entre suas motivações a aproximação de Kiev com o Ocidente e principalmente com a Otan. Pouco tempo após o início dos ataques, Moscou advertiu repetidamente os dois países contra a adesão à organização, já que a Finlândia também fazem fronteira com a Rússia.

Em 12 de março, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que em caso de uma adesão “haverá sérias consequências militares e políticas”.

Stoltenberg pediu aos aliados que ratificassem rapidamente e assegurou aos dois países nórdicos o apoio da Otan nesse meio tempo.

“A segurança da Finlândia e da Suécia é importante para nossa aliança, inclusive durante o processo de ratificação”, disse ele.

“Muitos aliados já fizeram compromissos claros com a segurança da Finlândia e da Suécia, e a Otan aumentou presença na região, inclusive com mais exercícios”, concluiu.

 

Fonte G1.

Redação Gdsnews.

 

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