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Após modelo ser filmada por câmera escondida em troca de roupa, grávida procura polícia para denunciar suspeita

A Polícia Civil de Campo Grande recebeu nova denúncia contra fotógrafo investigado por filmar a modelo Kellyne Siqueira, sem autorização, durante trocas de roupa para ensaio realizado em agência de modelos da Capital. Desta vez, foi um casal que havia contratado o suspeito para fazer as fotos de recordação de gravidez, que registrou boletim de ocorrência.

Segundo a delegada Ana Paula Trindade, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), a vítima, de 21 anos, procurou estúdio de fotografia para realizar uma sessão. Ela estava acompanhada do marido, de 28 anos, e afirma ter percebido uma luz piscando no computador usado pelo fotógrafo, assim como aconteceu com Kellyne.

Segundo relatou a vítima, ao ser questionado, o fotógrafo alegou apenas que o notebook seria para “ouvir música”.

Em certo momento, após a grávida pedir para ir ao banheiro trocar de roupa, o fotógrafo teria insistido para que ela se trocasse no local, o que acabou acontecendo. Para que a vítima ficasse mais à vontade, o suspeito saiu do estúdio. Ainda segundo a delegada, este segundo caso não aconteceu na mesma agência da primeira denúncia. Inquérito foi aberto para apurar todas as suspeitas.

Em sequência de vídeos postados em seu perfil nas redes sociais, a modelo Kellyne Siqueira detalhou como descobriu que estava sendo filmado em momento de intimidade.

“Fiz várias trocas de roupa, tirei várias fotos. Observei um detalhe, tinha um notebook ali, perto de onde a gente troca de roupa. Ele estava ligado, tocando música, até aí ok, a gente sempre toca durante ensaio. Daí eu observei um detalhe: do lado da câmera, tinha uma luz verde ligada, desconfiei na hora”, explicou.

Após a desconfiança, a modelo conta ter se aproximado do computador com a intenção de entender o que estava acontecendo. “Não deu outra. Abri a barrinha, tinha um icône de câmera e, assim que eu cliquei, apareceu uma tela com a minha ‘cara’. Por que? Estava sendo gravado. Isso mesmo, desde a hora que eu cheguei, era uma gravação de uma hora e pouco, deu para ver o dono da agência ajeitando câmera, saindo e, logo após, eu chegando, entrando no estúdio, as trocas de roupa. Estava tudo nessa gravação” detalha.

Em seguida, com a ajuda da irmã, a vítima conseguiu usar o celular para gravar vídeo e provar que estava sendo filmada ao trocar de roupa.

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