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Eduardo Bolsonaro associa cratera do Metrô à contratação de mulheres

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou o vídeo nas redes sociais com declarações misóginas e machistas.

A empresa Acciona, que integra a concessionária que faz as obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, divulgou uma nota repudiando um vídeo que relaciona o acidente ocorrido na última terça-feira, dia 1º de fevereiro, com uma política da empresa para a contratação de mulheres.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou o vídeo nas redes sociais com declarações misóginas e machistas.

O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), postou no Twitter o vídeo que relaciona a cratera provocada por um acidente envolvendo o tatuzão das obras da linha do Metrô na Marginal Tietê com uma entrevista em que Stefania Riciulli, coordenadora de comunicação da Acciona, que defende a contratação de mulheres na empresa.

“Procuro sempre contratar mulheres”, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, escreveu Eduardo Bolsonaro nas redes sociais.

A empresa divulgou nota de repúdio, afirmando que considera o vídeo “misógino” e “desrespeitoso”.

“A ACCIONA, como uma empresa que tem o respeito à diversidade como um dos pilares de sua política de ESG, lamenta profundamente o teor dessa videomensagem que circula em redes sociais. A empresa considera o conteúdo misógino e extremamente desrespeitoso com nossas colaboradoras”, disse a empresa.

 

“A ACCIONA tem programas especiais de estímulo à contratação de mulheres, inclusive na área de construção, e se orgulha dos seus profissionais. A empresa estuda as medidas judiciais cabíveis ao caso.”

 

 

O Instituto de Engenharia também divulgou nota de repúdio ao vídeo “que desmoraliza colaboradoras de empresa que atua nas obras da Linha-6 Laranja do Metrô” e o classificou como um “desserviço à sociedade”:

 

“O Instituto de Engenharia, entidade que há 105 anos congrega o bom exercício da profissão pelo Brasil, manifesta o total repúdio sobre o vídeo que desmoraliza mulheres que trabalham na Acciona, empresa responsável pela obra da Linha 6 do Metrô.

 

É inadmissível que esse tipo de mensagem seja compartilhada por qualquer pessoa. É um desserviço à sociedade, à evolução e um verdadeiro DESRESPEITO e DISCRIMINAÇÃO às profissionais envolvidas, quer engenheiras ou não.

 

O Instituto de Engenharia, por meio de seu Comitê para Valorização das Mulheres na Engenharia e Tecnologia, pede por respeito. Esse é o ingrediente essencial na construção de um futuro melhor em qualquer esfera da sociedade.”

 

O desabamento

 

Uma cratera se abriu na Marginal Tietê após o asfalto ter cedido ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo, na terça-feira (1º).

 

 

Não houve feridos. Dois funcionários que tiveram contato com a água que jorrou do acidente foram socorridos pelos bombeiros.

 

O que se sabe sobre o desabamento em obra do Metrô na Marginal Tietê em São Paulo

 

O desmoronamento ocorreu por volta das 9h, antes da Ponte do Piqueri, no sentido Ayrton Senna, ao lado de um poço cavado construído entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó. Ao longo da manhã, o buraco aumentou de tamanho.

 

De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. Segundo Galli, provavelmente o solo não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como “tatuzão” e acabou se rompendo.

 

Fonte Agência Brasil.

Redação Gdsnews.

 

 

 

 

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