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MS em destaque com candidaturas presidenciais de Simone e Soraya

Muita gente, incluindo aí jornalistas respeitados no cenário estadual, apostava todas as fichas de que a senadora Simone Tebet não viabilizaria seu nome como candidata a presidente da República pelo MDB de tanta história. Afinal, a representante de terras guaicurus tinha pela frente um, até pouco tempo, bicho papão eleitoral, o ex-governador do Estado de São Paulo, João Dória, e outros concorrentes de menos brilho.

E assim dirigentes partidários, detentores de mandatos eletivos e até mesmo eleitores que se fazem comentaristas de política nas rodas de botequins, tinham que não seria desta vez, ainda, que o MS teria um candidato presidencial genuinamente sul-mato-grossense.

Muitos, inclusive, procurando diminuir ainda mais a importância de Mato Grosso do Sul no cenário político brasileiro, lembravam em tom de chacota, que o sul-mato-grossense que se candidatou e se elegeu fez carreira a partir da Capital Paulista e com menos de oito meses de mandato renunciou e abriu caminho para o país mergulhar na ditadura militar iniciada em 1º de abril de 1964 e só terminou com a eleição indireta de Tancredo Neves, que não chegou a tomar posse deixando seu mandato inteiro para ser cumprido pelo vice-presidente José Sarney.

União Brasil deve confirmar hoje o nome de Soraya Thronicke para disputar Presidência da República _ Agência Senado

Verdade é que, pela primeira vez, desde a divisão de Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul ganha espaço na grande mídia mundial por ter não uma candidata à Presidência da República, mas, sim, logo duas de uma vez, inclusive com a candidatura emedebista sendo formada por suas senadoras, ou seja, uma chapa 100% mulher.

Os nomes foram lançados e já foram confirmados para disputar a Presidência da República. Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), duas senadoras que fazem o MS também ser o único Estado em que a bancada feminina é maior que a masculina no Senado, são as representantes do pujante e latente Mato Grosso do Sul no cenário de disputa eleitoral de 2022.

Os registros das sondagens eleitorais apontam que Simone Tebet e Soraya Thronicke têm poucas chances se elegerem.

Porém, só fato de serem confirmadas candidatas de grandes partidos, como o MDB coligado com o PSDB e o Cidadania, e o União Brasil, o maior partido brasileiro na atualidade, já é uma vitória e colocam as duas senadoras em local de destaque na história política estadual, seja qual for o resultado das urnas.

Mais ainda: as candidaturas de Simone e Soraya fortalecem o movimento que pede maior participação da mulher no cenário político e, caso suas votações sejam ínfimas, restará provado por definitivo que o grande problema da mulher não atingir número significativo de eleitas em território brasileiro é a própria mulher que prefere votar em homem.

Outro ponto significativo: Mato Grosso do Sul é a única Unidade da Federação Brasileira que tem duas candidatas genuinamente do Estado, prova de que MS gradativamente e com significativa participação das mulheres vem ocupando mais espaços nos posto de destaque no cenário político nacional.

Sintetizando a conversa, mulher não vota em mulher, a macharia machista faz discurso pra mulherio ver e aplaudir, mas, no fundo, no fundo, está achando tudo muito bom.

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