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Pastor e pastora da região de Aquidauana estão trocando a bíblia por armas de fogo

A prática de tiro começou na região com incentivo de lideranças femininas após a chegada de Bolsonaro ao poder

Mulheres evangélicas estão fazendo curso de tiro em diversos municípios de Mato Grosso do Sul. Motivos não faltam: defesa pessoal, saber manusear uma arma e até mesmo obter o porte delas para andar armada. Essa mudança de costumes, de estilo e de atitude agora chegou nas igrejas evangélicas. Há casos em que pastores e até mesmo pastoras incentivam as “ovelhas” das igrejas a buscarem essa prática.

Apesar de o assunto não ser tanto difundido em Mato Grosso do Sul, mulheres evangélicas estão inovando na prática da fé cristã. A Bíblia Sagrada revela que Deus concedeu o livre arbítrio a todos os seres humanos, mas também deixa claro que Jesus Cristo – o filho de Deus – jamais utilizou-se de arma alguma, nem tão pouco incentivou os fiéis a fazerem uso delas. Tanto é que quando Judas Iscariotes traiu Jesus Cristo, o apóstolo Pedro cortou a orelha de um soldado na noite em que Cristo foi preso e – de imediato – Jesus operou mais um milagre e restaurou a orelha do homem. Mesmo diante deste milagre, Cristo foi levado a julgamento e crucificado até a morte, mas depois ressuscitou.

Agora, na segunda década do século XXI, mulheres evangélicas também assumem o empoderamento feminino e muitas delas praticam esse esporte, mas a finalidade principal é a defesa pessoal caso a fé não seja suficiente. A atitude divide opiniões: contrasenso para alguns e modernidade para outros. No entanto, com a aceleração das mudanças de costumes, daqui a pouco tempo será uma realidade ver mulheres armadas dentro das igrejas, já que o assalto e assassinatos dentro dos ambientes de adoração já acontecem, incluindo até homicídio de pastores por todo o país.

De quem partiu esta ideia ainda é um mistério, porém, em Mato Grosso do Sul, um grupo de mulheres está praticando tiros em Aquidauana sob a liderança e incentivo de uma evangélica fervorosa. Entretanto, há mulheres nas igrejas que – mesmo sendo evangélicas – estão com problemas na Justiça, enfrentando processos escandalosos e com o nome sujo por não pagamento de despesas. São essas mulheres que ostentam uma vida luxuosa, andam em carros com valores acima de R$ 200 mil, usam roupas de grifes caríssimas, moram em mansões e são isentas de pagamento de impostos por serem administradoras de igrejas. Paralelamente, até mesmo os microempresários não escapam da fúria dos impostos.

Uma funcionária de uma liderança evangélica em Aquidauana, que tem outros empreendimentos comerciais, está dizendo a Deus e o mundo que a sua chefa está com tudo no curso de armas e mandando bala para todo os lados, ou seja, a líder religiosa agora também está rápida no gatilho e ela costuma a revelar – para suas amigas – que a cada tiro que dispara, consegue derrubar dez alvos. A funcionária disse, ainda, que a sua líder espiritual está tão entusiasmada com o mundo das armas, que ela pretende ir às compras e adquirir uma pistola 9mm, uma R15, uma bazuca e uma .45. A notícia é o bafafá do momento em Aquidauana.

Há relatos em todo o mundo que em muitas igrejas os próprios líderes religiosos aconselham às mulheres a praticarem o tiro como esporte e usá-lo como autodefasa. A Bíblia diz que, sem fé, é impossível agradar a Deus, mas parece que parte das mulheres cristãs preferem ter uma garantias a mais para se defenderem de ameaças, seguindo uma tríade: primeiro a Bíblia que, se não der certo, parte-se para a bruxaria e – se nada funcionar – a bala come no centro do problema, caso a fé não funcione. Aliás, a Bíblia não fez menção de mulheres serem ou não pastoras. Em muitas igrejas evangélicas, não existem mais pastores, e sim pastoras. Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder e com o incentivo ao rearmamento, líderes evangélicas abraçaram a ideia do presidente e estão dispostas a meterem bala e quem possa ameaçá-las. O apocalipse chegou de verdade, trazendo o fim dos tempos.

Não é só no Brasil que pastores e líderes evangélicos incentivam seus rebanhos de ovelhas a se armarem. O pastor John Correia, líder da West Greenway Bible Church, na cidade de Glendale, Arizona (EUA), adotou um princípio polêmico na instrução a seus fiéis e, com isso, atraiu uma polêmica enorme. Correia usa rifles no púlpito da igreja, enquanto prega o sermão. Ex-oficial da Marinha dos Estados Unidos, o pastor costuma dizer que Jesus ama armas. Casado, pai de 3 filhos, Correia possui mais de 20 armas de fogo e leva sua família para caçar em uma base regularizada. Sua filha de oito anos de idade, Abby, ganhou um rifle rosa calibre .22 de presente de aniversário. Correia acredita que as armas não são um problema nos Estados Unidos, e afirma que o único problema são as pessoas más em posse de armas de fogo. Se a moda pega em Aquidauana, o município vai para o noticiário nacional.

Pastor John Correia e sua família no Estado do Arizona, EUA. Foto: Reprodução Internet
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