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Pec é aposta para virar 10 milhões de votos no Sudeste

Caixa apressará pagamento de benefícios, mas recém incluídos no Auxílio Brasil devem receber só em agosto

Governistas entram na tarde de hoje no plenário da Câmara com ampla vantagem sobre a oposição, na votação da PEC do Estado de Emergência – como preferem chamar os defensores da medida que promove a ampliação de programas de transferência de renda à população, ao custo estimado de R$ 41 bilhões. A aprovação é dada como certa e vista como passaporte do presidente Bolsonaro para o segundo turno.

A aposta é que a medida colabore para reverter o mau humor do eleitor afetado por dificuldades financeiras e ajude a cumprir a meta de conquistar pelo menos 10 milhões de votos no Sudeste – região decisiva para ambos os principais concorrentes ao Planalto. Vencer esta diferença que separa o líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula, do segundo colocado, o presidente Bolsonaro, é considerado um desafio eleitoral de grande porte.

Uma vez aprovada a mudança na Constituição que permitirá o aumento do benefício do Auxílio Brasil para R$ 600 e a inclusão de 1,6 milhão de pessoas que aguardavam na fila pelo pagamento – medida de maior impacto entre todas as do pacote – as atenções se voltam para a capacidade de entrega da Caixa Econômica Federal.

Sob a gestão de Pedro Guimarães, a CEF cumpriu a missão com percalços e filas, no auge da pandemia. Mas o ex-presidente da Caixa deixou a expertise e os mecanismos tecnológicos azeitados para que a nova gestora, Daniella Marques, execute a tarefa. O pagamento aos novos beneficiários, no entanto, deve ocorrer apenas em agosto – reduzindo o impacto positivo pré-eleitoral da medida para apenas 2 meses, antes da ida às urnas.

Os mais céticos estão descrentes quanto à eficiência eleitoral da medida. Lembram que Bolsonaro lucrou pouco, politicamente, na última edição turbinada do Auxílio Brasil. A criação da ajuda financeira aos caminhoneiros, circunscrita à categoria, também teria impacto limitado no desempenho do presidente nas pesquisas , uma vez que estes profissionais já pertencem tradicionalmente à base de Bolsonaro.

Ainda assim PEC se torna o novo componente a ser aferido pelas pesquisas pelos próximos dois meses, uma vez que a oposição, que vem votando a favor da medida, perde a condição de questioná-la perante a Justiça, sob o argumento de que tal volume de transferência direta de renda a poucos meses da eleição desequilibraria a disputa.

FONTE:R7

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