
Após oito anos desde a sua inauguração, a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande passará por uma reforma de revitalização. Neste domingo (19), a Prefeitura de Campo Grande anunciou que a licitação para execução da obra está em andamento e que a abertura das propostas acontecerá no dia 8 de dezembro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), serão substituídos o piso, o forro e feitos reparos na cobertura, portas e janelas. E o prédio, localizado no Jardim Imá, vai receber pintura nova. Definida a empresa vencedora da licitação, será estabelecido prazo para conclusão dos trabalhos, contados a partir da Ordem de Serviço.
Ainda segundo a prefeitura, após a definição da empresa vencedora da licitação, será estabelecido prazo para conclusão dos trabalhos, contados a partir da Ordem de Serviço.
Primeira Casa do país
A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande foi a primeira a ser inaugurada no país, em fevereiro de 2015, sendo referência nacional pelo pioneirismo nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Hoje, crianças vítimas de violência são encaminhadas para a Delegacia da Mulher durante plantão, onde há relatos de crianças dormindo em cadeiras e impedidas de usar a brinquedoteca Foto: Gerson Oliveira
O serviço é prestado 24 horas, todos os dias da semana, às mulheres vítimas de violência. A vítima recebe apoio psicossocial e tem à disposição alojamento de passagem, onde pode ficar por até 48 horas. Enquanto ela é atendida e caso não tenha acompanhante no momento, os filhos menores de 12 anos são acolhidos na brinquedoteca, onde ficam sob o acompanhamento de profissionais especializados.
Órgãos do governo do Estado e prefeitura estão vinculados a Casa da Mulher Brasileira, como Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Secretaria de Assistência Social (SAS), Centro de Referência da Saúde da Mulher (CEAM), Casa Abrigo, Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS), entre outros.
A subsecretária de políticas para as mulheres de Campo Grande, Carla Stephanini, defende que para baixar índices de feminicídio, é preciso uma consciência social coletiva, de que não se pode conviver em sociedade com a violência doméstica.
“É importante dizer que, ainda assim, nós sabemos que há uma subnotificação da violência doméstica e familiar e da violência contra as mulheres. Os nossos números são expressivos, são superlativos, sim, mas assim como o nosso compromisso de manter o bom funcionamento da Casa da Mulher Brasileira. Dessa forma promovemos a dignidade das nossas mulheres”, disse a subsecretária.
Atualmente, estão em funcionamento as Casas da Mulher Brasileira de Campo Grande (MS), São Luís (MA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Boa Vista (RR).
Fonte CE.
Redação Gdsnews.