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Rota rodoviária bioceânica deve estar em operação em três anos, projeta chanceler brasileiro

Três anos. Esse é o tempo que o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, projeta, de modo otimista, para que a rota rodoviária bioceânica esteja em operação.

Ele participou nesta quinta-feira (26) da abertura do 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.

Abertura do Fórum que discute a rota bioceânica em Campo Grande — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

Três anos. Esse é o tempo que o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, projeta, de modo otimista, para que a rota rodoviária bioceânica esteja em operação. Ele participou nesta quinta-feira (26) da abertura do 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.

A rota rodoviária terá como ponto de partida no Brasil, Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul e, passará pelo Paraguai e Argentina, até chegar aos portos do Chile no oceano Pacífico, como Iquique e Antofagasta. Os cerca de 2,4 mil quilômetros do corredor podem encurtar em até 7 mil quilômetros de rota marítima as exportações para a Ásia, possibilitando o incremento das negociações entre os quatro países por onde ela passa, a integração cultural e também o turismo.

No evento, o chanceler brasileiro fez a previsão sobre a rota levando em conta o período para a conclusão da ponte binacional que vai ligar o Brasil, por Porto Murtinho, ao Paraguai, por Carmelo Peralta. A estrutura – principal demanda viária para viabilizar o corredor, terá uma extensão total de 1.294 metros (incluindo o trecho estaiado e os viadutos de acesso), com largura de 20,10 metros. A parte estaiada, centrada no leito do rio Paraguai, terá 625,37 metros de extensão, com vão central de 350 metros. As fundações das torres principais serão levantadas fora do leito normal do rio.

O investimento na nova ponte é de US$ 102,6 milhões (cerca de R$ 489,4 milhões), custeados pela margem paraguaia da Itaipu. O Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do país vizinho, como entidade executora do projeto, cedeu a construção ao Consórcio Binacional PY-BRA, composto pela Tecnoedil Constructora S.A., Cidade LTDA e Paulitec Construções. A obra deve ser iniciada em breve o prazo de execução é de 36 meses.

Além da ponte, outra importante obra viária para viabilizar a rota e a pavimentação do trecho da via que passa pela região do Chaco paraguaio, a Transchaco. O governo do país está licitando o último segmento que ainda está sem pavimentação, entre Loma Plata e Pozo Hondo, com pouco mais de 300 quilômetros.

Assinatura de acordos de cooperação no Fórum que discute o corredor bioceânico em Campo Grande — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

Chanceler brasileiro projeta rota bioceânica em operação em três anos

Nesta quinta, o chanceler brasileiro apontou que além da ponte e da pavimentação no Paraguaia também está em discussão entre os países que estão no traçado da rota, alternativas para acelerar a tramitação aduaneira de cargas entre as nações. Veja vídeo da entrevista acima.

“Quando recebi o convite para esse evento [Forúm] eu prontamente aceitei porque esse tipo de iniciativa é uma possibilidade muito concreta de nós harmonizarmos as normas, se você se refere a um acordo sobre aduanas. Eu preferiria ver o que já temos de normativas hoje no âmbito da Aladi [Associação Latino-Americana de Integração], do Mercosul [Mercado Comum do Sul]. O acordo de livre comércio do Brasil com o Chile, é um acordo recente, moderno na sua concepção, na sua abrangência, para verificar se nós já não temos aqui as normas capazes de trazer a fluidez necessária para o transporte de cargas nos dois sentidos, do Pacífico ao Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso do Sul ao Pacífico”, comentou o ministro.

Na abertura do Fórum, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que o estado vive um momento histórico, em que a cada passo o sonho da rota bioceânica se aproxima da concretização. “A rota bioceânica não apenas abre as portas do vasto centro-oeste brasileiro à América do Sul, mas também aproximará nossa produção, nosso comércio, nosso turismo e a nossa cultura milenar”.

O embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Ángel Delgadillo, destacou a importância do espaço para debater as demandas em relação à implantação do corredor. “Temos a oportunidade de colocarmos na mesa os problemas, as dificuldades dos operadores econômicos, o que precisamos fazer na agilização do fluxo de comércio e as muitas inquietudes das nossas comunidades’’.

Na abertura do Fórum também foi realizada a assinatura de dois convênios: “Cooperação Comercial, Econômica e Produtiva entre Municípios do Norte do Chile, Norte da Argentina, Chaco Paraguaio e Mato Grosso do Sul, Brasil” e o de “Cooperação Institucional para a Constituição de um Comitê de Promoção Turística entre Municípios do Norte do Chile, Norte da Argentina, Chaco Paraguaio e Mato Grosso do Sul, Brasil”.

 

Fonte G1.

Redação Gdsnews.

 

 

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