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Reforma e ampliação permanentes na Assembleia Legislativa intrigam vis mortais

Assembleia está sob o comando da dupla "pedreira" Paulo Corrêa e Zé Teixeira

A dupla das permanentes reformas e ampliações na Alems _ Assessoria

Se tem uma coisa que não entra na cabeça do cidadão humilde, aquele trabalhador, que se desloca de ônibus de sua casa para o trabalho e recebe um salário mínimo, às vezes um pouco mais do que isso, por 30 dias de serviço duro, é o porquê de a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul estar em permanente processo de reforma e ampliação.

Na cabeça do cidadão sul-mato-grossense que se depara com essa realidade, deve estar sobrando dinheiro nos cofres do Poder Legislativo Estadual, comandado pela dupla dinâmica formada pelo deputado Paulo Corrêa (PSDB) e o pelo parlamentar José Roberto Zé Teixeira, também conhecido nos meios empresariais como Zé do Boi (DEM).

Na verdade, na verdade, as reformas e as ampliações pelas quais passam o prédio e as imediações, como o estacionamento, do Palácio Guaicurus não são de hoje, ou seja, da atual Mesa Diretora.

Esses gastos exorbitantes com adequações e readequações de entradas, de gabinetes e de vagas nos estacionamentos vêm do tempo em que o comando da Assembleia estava a cargo do MDB-PSDB, ou seja, Júnior Mochi (MDB), na Presidência, e o hoje presidente, Paulo Corrêa, na Secretaria.

Posteriormente, a dupla MDB-DEM sucedeu o MDB-PSDB, com Júnior Mochi reeleito e Zé Teixeira conduzido à 1ª Secretaria, cargo que ele gostou tanto, mas tanto, que nem fez questão de tentar a Presidência: se contentou com a recondução no cargo por mais dois anos.

E, com Zé Teixeira administrando os cofres do Poder Legislativo, as obras, equações, adequações, readequações, reformas e ampliações se tornaram diárias, semanais, mensais. O ano todo tem obra na Assembleia.

Atualmente, se o cidadão chegar ao Palácio Guaicurus, depois de alguns meses sem se deslocar ao Parque dos Poderes, vai notar que a Casa passou por algumas mudanças e que na entrada lateral direita estão sendo executadas obras, sem nexo e bem anexo, mas que devem consumir alguns milhões de reais.

Alguns barnabés que conhecem do métier certamente vão se perguntar por que o Legislativo gasta tanto em obras mesmo em tempos que todos se sacrificam um pouco para ajudar o Brasil a vencer a pandemia do Novo Coronavírus que provoca a doença letal da Covid-19. Conhecedores da arte de construir, pedreiros, mestres de obras, “orelhas secas”, engenheiros sem diploma, enfim, aqueles cidadãos que trabalham na construção civil têm noção perfeita de quantos milhões são despendidos nessas obras desnecessárias.

Mas, com certeza, os porquês que criam uma nuvem de interrogações nas cabeças dos humildes trabalhadores, muitos dos quais sem teto, ficarão sem respostas porque nem mesmo o Ministério Público é capaz de abrir a bem lacrada caixa preta implantada no Palácio Guaicurus, na entrada do Parque dos Poderes.

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