Agronegócio: Em MS, Agraer ensina como limão pode ser consorciado com outras culturas

Excelente opção para diversificar a produção da agricultura familiar, o plantio do limão pode ser consorciado com olerícolas, como o pimentão, algumas hortaliças e até mesmo frutas, como o mamão. A ideia é fazer a plantação gerar renda enquanto os citros não estão na fase produtiva.

De acordo com o engenheiro agrônomo, mestre em produção e gestão agroindustrial, José Ubirajara Coelho Junior, extensionista da Agraer, há casos em Campo Grande de plantações de abobrinha nas entrelinhas da lima ácida, por exemplo.

“Geralmente, o limoeiro começa a produzir em três anos. Há porta-enxertos, como o Flying Dragon, que são mais rápidos, podendo iniciar sua produção com dois anos e meio em função da irrigação. Ainda assim, a quantidade aumenta gradativamente. Daí que vem a vantagem desse consórcio”, explica.

Segundo ele, em uma plantação de citros de um hectare, por exemplo, é possível produzir pelo menos 15 toneladas de abobrinha menina brasileira por mês. “Porém, existem outras opções, como mamão, melancia, pimentão, pepino. Em apenas 45 dias o agricultor familiar já começa a ter uma fonte de renda enquanto espera a lima ácida”, afirma.

Mais produtividade
Já faz algum tempo que José Ubirajara tem divulgado a eficácia da variedade Flying Dragon para a agricultura familiar. Trata-se de um porta-enxerto que é resistente a doenças, não cresce muito e produz de forma satisfatória.

“Embora seja um porta-enxerto que exija um investimento em irrigação, já que ela não suporta solos secos, sua altura reduz a necessidade de mão de obra e equipamentos, como escadas, para alcançar os limões mais altos. Além disso, em uma plantação convencional, às vezes perdem-se frutas que não se alcançam nas copas. O porte também dificulta o manejo fitossanitário, no caso, a aplicação de defensivos agrícolas. Com o Flying Dragon isso não acontece”, explica.

Conforme o extensionista, há opções de comercialização, tanto do limão como dos vegetais plantados em consórcio, diretas ou por editais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“Há casos de produtores que conseguiram bons preços vendendo suas colheitas dessa forma, então eu acredito que seja uma excelente opção para a agricultura familiar”, completa.

fonte: AGRAER/MS

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