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Após 1 ano, 3 acusados de executar PM Juliane em favela de SP seguem foragidos da Justiça

MP acusa 7 integrantes de facção de matar policial militar à paisana em agosto de 2018 após ela se identificar em Paraisópolis; 4 dos réus estão presos por cárcere privado, tortura e assassinato.

Após um ano, três dos sete acusados de participar da execução da policial militar Juliane dos Santos Duarte na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, continuam foragidos da Justiça. Enquanto três homens ainda são procurados pelo crime, quatro dos réus – incluindo uma mulher – estão presos acusados de cárcere privado, tortura e assassinato da soldado da PM. Eles também respondem por associação criminosa.

 

Juliane tinha 27 anos quando foi encontrada baleada em 6 agosto de 2018. O corpo foi achado dentro de um carro abandonado em Paraisópolis.

 

A mulher estava desaparecida desde 2 de agosto do ano passado, quando tinha ido de moto a um bar na comunidade para comemorar o aniversário do filho de um casal de amigos. A policial foi durante a sua folga de trabalho. Estava à paisana.

 

Segundo o Ministério Público (MP), Juliane foi morta por ordem do Primeiro Comando da Capital (PCC) após se identificar como soldado da PM no bar, depois de ter suspeitado que seu celular havia sido furtado.

 

A Justiça ainda não marcou a data da audiência de instrução para interrogar os acusados. Somente após essa etapa do processo é que será decidido se eles serão submetidos a julgamento pelos crimes.

 

 

Os 7 acusados

Os três réus que seguem foragidos são:

 

Ricardo Vieira Diniz (Boy)

Everton Guimarães Mayer (Tom)

Luiz Henrique de Souza Santos (Tufão ou Luizinho)

Enquanto os quatro acusados que permanecem presos são:

 

Felipe Carlos Santos de Macedo (Pururuca)

Eliane Cristina Oliveira Figueiredo (Neguinha)

Everaldo Severino da Silva Felix (Sem Fronteira)

Felipe Oliveira da Silva (Tirulipa)

Polícia prendeu também uma mulher conhecida como “neguinha”

 

Facção criminosa

Os sete réus são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe com utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

 

Os seis homens e a mulher também são acusados de cárcere privado e tortura, além de associação criminosa por pertencerem à facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Procurado pela reportagem, o promotor Fernando Cesar Bolque, que acusa os sete pela morte da PM Juliane, disse que aguarda a Justiça determinar a data para os interrogatórios dos presos.

 

“Os réus estão apresentando defesa e estamos aguardando a designação da audiência de instrução”, disse o promotor Fernando. “O processo é muito complexo e envolve muitos réus.”

Corpo da policial militar que tinha desaparecido em Paraisópolis será enterrado no ABC

 

O crime

O caso foi investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil que apurou o seguinte:

 

Juliane havia desaparecido em 2 de agosto de 2018 após ir de moto a um bar, na Rua Melchior Giola, na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. Ela estava à paisana. Tinha ido ao local comemorar o nascimento do filho de um casal de amigos.

Segundo testemunhas, num dado momento, alguém perdeu um celular e ela se identificou como policial, colocando sua arma sobre a mesa e dizendo que ninguém sairia do bar até o aparelho aparecer. Isso chamou a atenção de criminosos no local.

 

Quatro criminosos, todos encapuzados e armados abordaram Juliane. O corpo dela foi encontrado no dia 6 de agosto do ano passado com dois tiros na virilha e um disparo na cabeça, dentro do porta malas de um carro.

 

A moto dela foi encontrada depois. Câmera de segurança gravou um dos acusados abandonando o veículo, e isso ajudou a localizar os demais envolvidos no crime e um dos homens que levaram a PM de um bar.

 

 

Fonte TV Globo.

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