Após carnaval de rua, moradores reclamam de falta de limpeza, barulho e ruas fechadas

Foto: CE.

Na manhã desta quarta-feira (22), após o encerramento do Carnaval de rua em Campo Grande, moradores da região da Esplanada Ferroviária dividem opiniões sobre presença dos foliões e realização do evento perto de suas casas.

O cenário dessa manhã, no local que abrigou cerca de 60 mil foliões ao longo de 5 dias, era de equipes limpando as ruas e recolhendo banheiros químicos.

Mesmo assim, o cheiro de álcool e de urina ainda era predominante em vários pontos das ruas da Esplanada.

Ao conversar com moradores da região, a reportagem percebeu que alguns aproveitam para fazer uma renda extra com a venda de bebidas, enquanto outros demonstram muito incômodo.

Para Rita Cestou, enfermeira de 38 anos, que mora na Esplanada há cerca de 20 anos, neste ano o ambiente ficou mais organizado do que ela esperava, considerando que em outros anos já foi pior.

Ela conta que devido ao fato da maioria das ruas ficaram fechadas, além do som alto e circulação de muitas pessoas, fica difícil dormir ou sair de casa. Desse modo, ela e a família aproveitam para lucrar com algo.

“Nós alugamos a varanda de casa para que um grupo de pessoas vendessem bebidas, assim pelos menos tiramos algo”, disse.

Mesmo reclamando de alguns pontos da festa, como sujeira e cheiro de álcool, ela não faz grandes críticas ao evento.

Por outro lado, outra moradora da região, a historiadora Madalena Greco, de 65 anos, relata ser muito difícil lidar com a presença do carnaval na rua de sua casa.

“Eu não sou contra a realização do carnaval, mas sim contra ele ser realizado aqui”, pontua.

Ela destaca alguns pontos principais que fazem com que o carnaval realizado na Esplanada seja incômodo: falta de limpeza por parte da prefeitura, muito barulho diariamente e ruas fechadas, impossibilitando os moradores de irem e virem.

“Lavaram as ruas em todos os dias para os foliões utilizarem, mas agora que acabou, só recolhem o lixo e varrem, se quisermos tirar o cheiro, temos que lavar por contra própria”, explica Madalena.

Além disso, a historiadora critica o descaso com o espaço que é ponto histórico tombado.

“Eles falam em valorizar o patrimônio histórico, mas na maior parte do ano ninguém cuida desse espaço, então essa desculpa não convence”, disse.

Para ela, a solução seria a realização do carnaval em outro local, mais apropriado e mais organizado, para que não atrapalhasse a população local em transitar.

“Ninguém consulta os moradores sobre isso e somos nós que temos que lidar com a bagunça depois, fora que durante a noite ocorrem brigas sérias nas ruas”, argumenta.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para saber o que poderiam dizer sobre essa questão, mas não recebemos retorno até o fechamento do texto.

Carnaval

O Carnaval 2023 é o primeiro realizado da mesma forma de outros anos, após a última realização em 2020, antes do início da pandemia.

Durante os cinco dias de festa, a Esplanada Ferroviária recebeu 59 mil foliões, conforme pontuado pela Polícia Militar.

Foram 8 mil pessoas na sexta-feira (17), 20 mil no sábado (18), 5 mil no domingo (19), 9 mil na segunda-feira (20) e 17 mil na terça-feira (21).

Estiveram no comando da festa, em dias alternados, os blocos Capivara Blasé e Cordão Valu.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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