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Sem estrutura mínima, apenas duas famílias mudaram para reassentamento no Caiobá

Moradores da Comunidade Lagoa relatam que a falta de recursos para construir as moradias dificulta a mudança

Após duas semanas da prefeitura de Campo Grande autorizar o reassentamento de 21 famílias da Comunidade Lagoa, apenas duas conseguiram realizar a mudança para o novo terreno. Os moradores relatam dificuldades estruturais e descaso da gestão municipal em apoiá-los neste momento que era pra ser um recomeço para eles.

A líder da comunidade Rosana do Amaral Molas, de 44 anos, relatou que um dos maiores empecilhos é conseguir materiais de construção para refazer os barracos no terreno do Portal Caiobá, local designado pela prefeitura para abrigar as famílias reassentadas.

“Falta material para construir porque aqui ninguém tem condição de comprar e está tudo caro. Além disso, tem que furar poço porque ainda não tem água encanada”, explica Rosana.

A líder acrescenta que o local também não conta com a estrutura básica prometida anteriormente pela prefeitura. As duas famílias que se mudaram estão sem água ou energia elétrica regularizada.

“É bem diferente do que falaram pra gente porque lá não tem água e nem energia. Também não abriram rua, nos deixaram ao relento”, desabafa.

As 19 famílias que permanecem no local estão juntando esforços para conseguirem realizar a mudança, mas por causa dos problemas financeiros que afeta a todos que moram na comunidade nem a união entre eles está surtindo efeito

“Estamos nos juntando para fazer o frete das madeiras que vamos desmontando do barraco, mas está difícil. Lá eu consegui fazer duas paredes, mas o material acabou e não temos mais dinheiro”, pontuou.

Toda a dificuldade para mudar de endereço frustrou as expectativas de todos, que estavam contando com essa oportunidade para melhorarem de vida.

“Não temos data certa para mudar daqui, a gente tinha contado com o que a prefeitura falou e, por mim, eu tinha construído minha casa já, mas tudo tem um custo”, conclui.

REASSENTAMENTO

De acordo com o diretor social de Contratos, Administração e Finanças da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), Cláudio Marques Costa Júnior, para serem reassentadas e terem a regularização do novo terreno, as cerca de 100 famílias assinaram contrato de alienação com a prefeitura.

As parcelas do lote serão mais acessíveis, já que esse processo será feito dentro do programa Regulariza Campo Grande.

Conforme a Amhasf, o valor de cada parcela corresponde a 10% do salário mínimo vigente, ou seja, a cada mês os moradores terão de desembolsar R$ 121,20, independentemente de possuírem ou não renda fixa ou carteira de trabalho assinada.

Logo após todo o processo de reassentamento das primeiras famílias ser concluído, a Agência de Habitação pretende retirar os outros moradores, que serão levados para a mesma área que os demais.

Nesta terça-feira (30), Marques ainda acrescentou que a prefeitura está analisando a viabilidade de recursos para pagar um auxílio para todas as famílias que moram em comunidades que serão reassentadas ou regularizadas. Entretanto, ainda não há prazo para efetivar a iniciativa.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

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