Banco que vencer licitação da folha da Capital terá contrato por até 15 anos.

Caso haja vencedor no leilão agendado para a próxima terça-feira, dia 26, o banco que fizer a melhor oferta para administrar a folha de pagamento dos servidores municipais de Campo Grande pode garantir um contrato por até 15 anos.

Embora o edital estipule cinco anos de contrato, desta vez ele poderá ser prorrogado por até dez anos, contanto que as duas partes concordem com os valores a serem pagos pelo banco ao longo dos anos seguintes.

O contrato atual, que acabou em quatro de julho do ano passado, permitia prorrogação por apenas um ano, prazo que acaba em julho. Por isso, caso não haja banco interessado em pagar pelo menos R$ 79,83 milhões até lá, a prefeitura estará sem banco para depositar  salário dos 37.742 servidores ativos e inativos.

Desde março do ano passado a administração municipal tenta leiloar a folha de pagamento. Na primeira pedida, o valor mínimo foi de R$ 102 milhões. Mas logo em seguida a exigência caiu para R$ 99 milhões. Mas como nenhum banco apresentou proposta, a valor foi reduzido para R$ 84 milhões. Mesmo assim, não houve interessado e por conta disso a exigência foi reduzida para R$ 79,8milhões

Enquanto isso, o Bradesco continua pagando R$ 1,1 milhão por mês para continuar administrando a folha, o que lhe garante a cobrança de taxas e faz com que seja o principal responsável pela concessão de empréstimos consignados ao funcionalismo.

Dos R$ 4,2 milhões em empréstimos mensais, o banco responde por R$ 2,25 milhões. E, apesar de o contrato com o banco ser por apenas 60 meses, os empréstimos consignados podem ser concedidos por até 120 meses, conforme estipula decreto municipal de 2021.

E apesar da falta de interesse nas tentativas anteriores de leilão, desta vez quatro instituições bancárias solicitaram esclarecimentos à administração municipal sobre o leilão, evidenciando que estão analisando a possibilidade de apresentarem propostas.

Se houve disputa e o valor aumentar, a prefeitura não ser a única a comemorar. Contrato firmado com a empresa de consultoria Instituto Brasileiro de Tecnologia, Empreendedorismo e Gestão (BR TEC), prevê que 13% do ágio será dos consultores.

Mesmo não havendo aumento, a empresa de consultoria já receberá em torno de R$ 1,8, já que o contrato estipula que receba 13% sobre aquilo que exceder o valor de R$ 1,1 milhão por mês, valor que o Bradesco está pagando atualmente pela exclusividade da folha. Mas, se o ágio foi muito alto, o máximo que os consultores poderão receber foi estipulado em R$ 7 milhões.

GOVERNO ESTADUAL

Em dezembro do ano passado, o Governo estadual renovou, por mais cinco anos, o contrato para que o Banco do Brasil administre  a folha dos 86,2 mil servidores estaduais, que é da ordem R$ 463 milhões.

O banco aceitou pagar R$ 224 milhões. Deste montante 55% foram pago à vista pela instituição (R$ 123,2 milhões) ao Estado e o restante pago por meio de parcelas. Ou seja, a administração estadual está recebendo o equivalente a R$ 43,25 mensais por servidor.

Caso a administração municipal consiga resultado parecido, o faturamento chegará à casa dos R$ 98 milhões, já que são 37,7 mil servidores.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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