Com preocupações levantadas pelos presentes, foram debatidas a importância da empresa estatal para o desenvolvimento de técnicas e tecnologias para a agricultura familiar e produção brasileira.
Representando o presidente nacional da Embrapa, Cristina Hercos, demonstrou o plano diretor para a década da empresa pública. “Pesquisa, desenvolvimento e inovação. O objetivo do Transforma Embrapa é simplificar a gestão e podermos alcançar nossos objetivos com maior agilidade”, resume.
Segundo ela, a ideia é implementar mais fluidez entre as áreas da sede e as áreas descentralizadas. O plano segundo ela está ainda sendo implementado e será concluído até dezembro.
Presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Marcus Vinícius Sidoruk Vidal, classifica o plano desenvolvido pela gestão atual como um “desmonte”.
“A Embrapa tem orçamento menor cada vez mais na última década para cá. A empresa está penando por falta de orçamento público”, afirma.
“Além das transformações, a disputa de conhecimento público sendo utilizado e apropriado por empresas privadas. Esse é a pior parte do plano”, critica.
Presidente da Associação dos Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul, Olácio Komori, comentou sobre os benefícios que a colaboração com a estatal trouxe aos pequenos produtores.
“Não podemos negar as tecnologias que a Embrapa levou para a desenvolver a agricultura familiar. Estar alinhado com a empresa, e dá credibilidade aos produtos, a e produção de alimentos de qualidade”, resume.
O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Municipal, presidida pela vereadora Camila Jara, proponente da Audiência em parceria com o deputado estadual Pedro Kemp. A Comissão é composta ainda pelos vereadores Junior Coringa (vice-presidente), Valdir Gomes, Clodoilson Pires e Prof. João Rocha.
Participaram da audiência os vereadores Camila Jara, Professor André Luis e Betinho.
