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Candidato do PCO quer dar visibilidade à questão fundiária no Estado

Líder indígena Magno Souza vai disputar o governo de Mato Grosso Sul pelo Partido da Causa Operária. (Foto: Arquivo)

O PCO (Partido da Causa Operária) lançou o líder indígena Magno Souza para a disputa do governo de Mato Grosso Sul. O nome dele foi oficializado durante convenção realizada em área de retomada, no município de Dourados.

O candidato do PCO quer dar visibilidade à questão fundiária em MS. “Pra buscar o direito dos indígenas, buscar demarcação já, contra latifundiários e ataques dos pistoleiros e jagunços, pra acabar com esse genocídio tirando a vida dos guarani kaiowá”, afirmou ao Primeira Página.

Nas Eleições de 2020, o PCO entrou na disputa pela prefeitura de Campo Grande com o estudante Thiago Assad, mas o pedido foi indeferido pela Justiça Eleitoral, que apontou o registro da candidatura fora do prazo. Naquela ocasião, o vice era o professor Carlos Martins Júnior, 65 anos. Agora, o professor é vice de Magno Souza.

O mais recente conflito entre o Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) e indígenas foi em fazenda Borda da Mata, em Amambai, ocorrido em 24 de junho. O guarani-kaiowá Vito Fernandes, 42 anos, morreu e outros sete índios foram feridos. Três policiais militares também sofreram ferimento à bala.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve ser denunciado à ONU (Organização das Nações Unidas) pelo uso da força policial na desocupação de áreas indígenas sem ordem judicial.

Com o fim da temporada das convenções, encerrada na última sexta-feira (dia 5), o quadro é de oito candidatos na corrida eleitoral pelo comando do Estado: Adonis Marcos (PSOL), André Puccinelli (MDB), Capitão Contar (PRTB), Eduardo Riedel (PSDB), Giselle Marques (PT), Magno Souza (PCO), Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (União Brasil).

O JACARÉ