Com pagamento previsto para ontem, motoristas cancelam paralisação

Foto: Arquivo

A paralisação dos motoristas de transporte coletivo, que estava programada para acontecer nas primeiras horas da manhã deste sábado (23), foi cancelada. A informação é do presidente do STTCU-CG (Sindicato Dos Trabalhadores Em Transporte Coletivo Urbano), Demétrio Freitas, que recebeu o aviso de que o adiantamento de salário e o vale seriam pagos ainda hoje (22).

Segundo o presidente do STTCU-CG, Demétrio Freitas, relatou que recebeu o aviso após o almoço de que os pagamentos seriam realizados até o final do dia. “Recebi a informação diretamente do consórcio que devem depositar ainda hoje. Estamos monitorando, mas de momento a paralisação está suspensa. Vejo que a pressão fez efeito”, relatou.

Demétrio disse mais cedo que, caso o pagamento não estivesse na conta até o final do dia, os 1,3 mil funcionários realizariam uma paralisação por volta das 4h30, deste sábado pelo atraso do vale alimentação. Os pagamentos deveriam ter sido realizados no dia 20, entretanto o Consórcio Guaicurus alegou insuficiência financeira.

Sem dinheiro em caixa?

Em coletiva na tarde de (21), o diretor operacional do Consórcio Guaicurus, Paulo Victor, relatou que a empresa realizou o pagamento da 2ª parcela do 13º dos funcionários, mas estaria com dificuldades para realizar o pagamento de adiantamento salarial que deveria ser realizado na última quarta-feira (20).

“A gente conseguiu fazer o pagamento do 13º salário, mas, infelizmente, não conseguimos fazer o pagamento do adiantamento salarial por causa do descumprimento contratual da Prefeitura de Campo Grande da data-base da tarifa”, disse Paulo Vitor Oliveira, diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, em coletiva de imprensa.

Como divulgado, manifestações e paralisações com relação ao não pagamento do adiantamento salarial chegaram a ser cogitadas pelos funcionários do Consórcio Guaicurus, segundo o diretor, e a direção do Consórcio chegou a se reunir com o sindicato da categoria para anunciar que a empresa não tem condições de realizar o pagamento dos salários.

“Nos reunimos com o sindicato, mostramos que não seria possível realizar o pagamento do adiantamento salarial, estamos trabalhando para que não ocorra paralisação e que a gente consiga fazer esse pagamento. Ainda falta o aporte dos subsídios, que deve acontecer”, disse Paulo.

Com a alegação da falta de dinheiro e de um déficit de R$ 1,8 milhão (de março ao dia 24 de outubro), o Consórcio Guaicurus descarta o investimento em melhorias, como nova frota de ônibus.

“Nos estamos em um momento que não estamos conseguindo pagar salário. É totalmente improducente a gente falar de frota em um momento como esse. A própria agência de regulação mostra que a questão da frota é uma consequência do desequilíbrio, e não a causa. A gente precisa que esse equilíbrio ocorra, para a gente retomar a troca da frota e ter a melhora do transporte público”, acrescentou Oliveira.

No documento apresentado à imprensa, a concessionária alegava um déficit acumulado no ano de R$ 10 milhões. Entretanto, o diagnóstico feito pela Agereg levou em consideração o valor da tarifa técnica decretada em março, que é de R$ 5,80, para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2022 e também para janeiro e fevereiro deste ano, quando na verdade a tarifa técnica era de R$ 5,15. Sendo assim, a alegação desse déficit pode não estar correta.

AUDIÊNCIA

A coletiva de ontem foi uma resposta após a audiência de conciliação entre a prefeitura e o Consórcio Guaicurus, que ocorreu na quarta-feira, ter terminado sem consenso, o que fez com que o reajuste da tarifa do transporte coletivo seja definido só em 2024.

Na ocasião, foi debatido a possibilidade do reajuste da tarifa ser decidido antes do fim do ano ou antes de março do ano que vem, quando a Prefeitura de Campo Grande usará como base o valor

da tarifa técnica, definida em R$ 5,95, para decretar a tarifa pública.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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