Comando da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul exonera 3 assessores de Razuk investigados por ligação com o Jogo do Bicho

Deputado estadual Neno Razuk – Foto Divulgação

Dois dias depois de presos na Successione, operação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que investiga uma suposta guerra pelo domínio do Jogo do Bicho, em Campo Grande, três assessores parlamentares do deputado estadual Neno Razuk, do PL, foram exonerados.

As demissões constam no Diário Oficial da Assembleia Legislativa. Não é apontado o motivo das exonerações No dia da operação, policiais que agiram na investigação cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Razuk, de onde levaram telefones e notebook.

Diz o publicado, assinado pelo presidente do legislativo estadual, Gerson Claro, do PP, que foram exonerados Gilberto Luiz dos Santos, Diego de Souza Nunes e Manoel José Ribeiro. O trio segue encarcerado.

Até a publicação deste material, o parlamentar não tinha se manifestado acerca das exonerações.

De acordo com as investigações, os agora ex-assessores estariam envolvidos num esquema pelo controle do jogo do bicho e com emprego de violência.

Neno Razuk disse ser “inocente” e que “nada tem a ver com o Jogo do Bicho”. Contudo, ele segue investigado pelo MPMS.

A INVESTIGAÇÃO

No dia da operação, a assessoria de imprensa do MPMS divulgou uma nota dizendo que, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o Gaeco, deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12), a Successione para o cumprimento de dez mandados de prisão temporária e de 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Ponta Porã, na faixa de fronteira de MS com o Paraguai.

A investigação do Gaeco, que contou com a participação do Garras, Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de MS, revelou a atuação de uma organização criminosa responsável por diversos roubos praticados mediante o emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande, no contexto de disputa pelo monopólio do Jogo do Bicho local.

As investigações, informou a assessoria, constataram, ainda, que a organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.

Dois ex-assessores de Razuk, dois eram PMs, um major, outro sargento da reserva.

O nome da operação faz alusão à disputa pela sucessão do controle do “jogo do bicho” em Campo Grande, com a chegada de outros grupos criminosos que migraram para a região depois da Omertà, outra operação do MPMS, em 2019, que pôs na cadeia os ex-comandantes da jogatina.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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