Comparsa do traficante Nem da Rocinha é beneficiado com ‘saidinha’ de Natal e está foragido

Disque-Denúncia oferece R$ 1 mil por informações sobre Guiça Foto: Reprodução

Vinicius Pessoa Pedroni, o Guiça, de 30 anos, comparsa de Antonio Francisco Bonfim Lopes, ex-chefe do tráfico na favela da Rocinha, está foragido desde o último dia 30, quando deveria ter retornado ao presídio após passar o Natal com a família. No dia 24 de dezembro, Guiça deixou a penitenciária Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, beneficiado pela chamada “saidinha” de fim de ano. A data-limite para retorno era seis dias depois. O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 1 mil por informações sobre seu paradeiro.

 

Guiça estava preso desde outubro de 2014, quando foi capturado por agentes da 33ª DP (Realengo) no Apart Hotel Via Del Sol, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Na época, ele era considerado pela polícia o terceiro homem da facção que dominava a Rocinha, abaixo apenas de Nem e de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.

 

Os internos que conseguem autorização para passar as comemorações natalinas com a família são aqueles que cumprem pena no regime semiaberto. Essa é uma das cinco saídas de Visita Periódica ao Lar (VPL) concedidas pela Vara de Execuções Penais (VEP) ao longo do ano. A concessão do VPL aos presos do semiaberto não é automática. Após conseguir progressão de regime, é preciso solicitar ao juiz autorização para visitar a família.

 

Guiça conseguiu autorização para sair do presídio e visitar a família no dia 1º de outubro do ano passado. Em sua decisão, a juíza Viviane Ramos de Faria, da Vara de Execuções Penais do Rio, alegou que o traficante já havia cumprido o tempo de pena necessário para ter o benefício, além de possuir “conduta disciplinar abonadora”. O traficante já foi condenado há 22 anos, 5 meses e 5 dias de prisão por crimes como tráfico de drogas e associação para o tráfico.

 

Quem tiver informações sobre Guiça pode entrar em contato com o Disque-Denúncia no (21) 2253-117 ou no WhatsApp, pelo número (21) 98849-6099. O anonimato é garantido.

 

No Rio, 2.582 presos deixaram as unidades prisionais do estado no dia 24 de dezembro. Desses, 422 não retornaram, um percentual de 16,3% do total. Em 2018, o índice de evasão foi de 15%, ou seja, 289 detentos que foram beneficiados pelo “saidão” não retornaram. Os presos que não voltarem às unidades são considerados evadidos e podem até mesmo regredir para o regime fechado após decisão dos juízes da Vara de Execuções Penais.

 

O direito às saídas temporárias para presos do regime semiaberto é previsto na Lei de Execução Penal. Cada uma pode durar, no máximo, sete dias, e entre cada uma delas é preciso um intervalo de 45 dias. As Visitas Periódicas ao Lar são programadas pela Justiça, em parceria com a Seap, para que todos os detentos deixem os presídios ao mesmo tempo, geralmente em datas comemorativas como os dias das mães e dos pais e Natal. Desde 2017, não há mais “saidinha” de réveillon no Rio.

 

Fonte O Extra.

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