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Contar, Catan e Tavares disputam para ser o pré-candidato do bolsonarismo.

O ex-deputado Rafael Tavares, o deputado João Henrique Catan e o ex-deputado Capitão Contar -Foto Montagem.

Três nomes da direita de Mato Grosso do Sul travam entre si uma verdadeira batalha nos bastidores para ser o escolhido pelo bolsonarismo como o pré-candidato a prefeito de Campo Grande nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

Trata-se do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que concorreu a governador em 2022 e foi derrotado, do ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL), que teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por fraude do antigo partido (PTRB) na cota de gênero, e do deputado estadual João Henrique Catan (PL).

No caso do Capitão Contar, caso queira disputar as eleições municipais deste ano pelo PL, a partir de hoje ele terá 15 dias para fazer a desfiliação do PRTB e filiar-se à nova legenda, ou seja, seis meses antes do pleito de outubro, conforme calendário eleitoral publicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Independentemente de qual partido o Capitão Contar pretende disputar a eleição para prefeito de Campo Grande, o certo é que ele e o ex-colega de PRTB, Rafael Tavares, já teriam, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, contratado pesquisas qualitativas e quantitativas para medir a aceitação de ambos junto aos eleitores bolsonaristas da Capital.

Com base nas informações que serão apontadas por essas pesquisas, os dois ex-deputados estaduais pretendem pressionar as lideranças da direita no município e em Mato Grosso do Sul para que sejam o escolhido para disputar as eleições de outubro para o cargo de prefeito.

Além disso, os três não teriam problemas para convencer Jair Bolsonaro de que são bons nomes para concorrer à eleição para prefeito da Capital, afinal, eles têm boa relação junto ao ex-presidente, sendo que João Henrique Catan e Rafael Tavares tiveram até os nomes referendado publicamente pelo Bolsonaro para que fossem os candidatos do PL à prefeitura de Campo Grande.

Já o Capitão Contar, por outro lado, teve o nome citado por Bolsonaro para sair candidato a vereador, pois, projetando a votação expressiva que teve em Campo Grande nas eleições de 2022, seria um campeão de votos, podendo levar com ele até outros três candidatos do PL para a Câmara Municipal.

No primeiro turno, para se ter ideia, ele teve 130.972 votos em Campo Grande, ou seja, 26,64% dos votos válidos do município, enquanto no segundo turno atingiu 213.491 votos, ou seja, 44,40% dos votos válidos.

Porém, além da briga nos bastidores, os três têm sobre eles uma nuvem carregada, que se chama a atual prefeita Adriane Lopes (PP) e é “amadrinhada” pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo do ex-presidente e com grande influência política sobre ele.

A senadora espera contar com o apoio de Bolsonaro para a reeleição de Adriane Lopes, porém, Capitão Contar, Rafael Tavares e João Henrique Catan fazem parte da ala da direita na Capital que não enxerga a atual prefeita de Campo Grande como a melhor representante do bolsonarismo.

Diante de tantos percalços, o certo é que os próximos 15 dias serão muito agitados nos bastidores do bolsonarismo campo-grandense, que terá de escolher quem será o pré-candidato a prefeito (a) que melhor poderá representá-lo nas urnas.

SAIBA

Pelo calendário eleitoral das Eleições Municipais de 2024 publicado pelo TSE, no período de 7 de março a 5 de abril, é possível a desfiliação partidária para mudança de legenda por vereadoras e vereadores que queiram continuar no cargo ou pretendam concorrer ao cargo de prefeito. Já a filiação partidária para se candidatar em 2024 deve ser feita até 6 de abril, ou seja, seis meses antes da eleição. Dia 6 de abril é a data-limite para que partidos políticos e federações que queiram participar das Eleições 2024 registrem, no TSE, os respectivos estatutos.

 

Colaboração; Correio do Estado/ Eduardo Suede