CPMI aprova pedido de informações de viagem de Lula no dia dos atos extremistas

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou nesta terça-feira (11) mais 90 requerimentos, incluindo um pedido de informações detalhadas sobre todos os planos de voo das viagens feitas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia dos ataques extremistas. Essa é uma demanda da oposição, que quer investigar quanto o chefe do Executivo tinha de informações sobre as invasões.

Nos bastidores, a base do governo chegou a atuar contra a aprovação de temas referentes às viagens entre 6 e 8 de janeiro, com destino às cidades de São Paulo e Araraquara, em SP. Na ocasião, Lula visitou o município, atingido por fortes chuvas. Os pedidos aprovados sobre o tema incluem “o planejamento, a mobilização e o envio de segurança imediata, aproximada, afastada e logística para o presidente da República, inclusive equipe precursora e esquadrão avançado”.

“Afigura-se importante conhecer as circunstâncias que precederam as invasões e que levaram o chefe do Poder Executivo a se deslocar para fora da capital federal”, justifica o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). No pedido, ele detalha o envio de informações com dados e documentos com a identificação completa de todos os servidores ou agentes públicos envolvidos na viagem, além da descrição detalhada de todos os locais frequentados pelo presidente da República na ocasião.

Além desses pedidos, a oposição também conseguiu aprovar um requerimento para o fornecimento de imagens do Ministério da Justiça no dia das invasões. Os parlamentares querem monitorar as ordens dadas pelo ministro Flávio Dino e apurar se houve omissão. Segundo o autor do pedido, o deputado Roberto Duarte (Republicanos-AC), isso “possibilitará compreender se havia contingente da Força Nacional de prontidão no Ministério da Justiça e o exato momento em que foi acionada para os ataques sofridos”.

Quebra de sigilo
Os deputados e senadores também aprovaram a quebra de sigilo de informações de pessoas que já depuseram na CPMI. É o caso do sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No depoimento à CPMI, nesta terça-feira (11), o militar exerceu o direito de ficar em silêncio.

FONTE:R7NOTICIAS

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