Debate do uso de agrotóxicos gera desentendimento na na Assembleia Legislativa

Deputado Pedro Kemp (PT) usando a tribuna. (Foto: Assessoria/ALMS)

Debate a respeito do uso de agrotóxicos nas produções agrícolas brasileiras pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (11), gera desentendimentos. Enquanto Tereza Cristina, a atual ministra da Agricultura defendia que os agrotóxicos melhorariam a produção estadual, o deputado Pedro Kemp (PT), era contra, questionando os argumentos da ministra.

Para Tereza Cristina, os 31 agrotóxicos que foram liberados pelo Governo Federal no dia anterior (10) no Diário Oficial da União, trariam não somente lucros para a produção agrícola estadual, mas ajudariam na luta contra a pobreza e fome do Mato Grosso do Sul. Pois com a abundancia de frutas como a manga, a população pobre não teria como passar fome.

Já o petista Kemp, subiu a tribuna para criticar a declaração de Tereza sobre a pobreza, indagando que foi “infeliz” e que devia ser retratada. “Não sei que contexto ela falou, mas foi algo infeliz, fala desrespeitosa e desastrosa, dando a impressão de que passa fome quem quer, porque tem muitas mangas nas ruas”.

Complementando, o deputado afirma que a declaração chega a ser ofensiva, e que uma solução eficiente seria a de promover um programa de distribuição de renda, buscando melhor de vida para esta parcela da população.

Kemp ainda rebate defesa de ministra a respeito dos agrotóxicos. “Eu estava escutando a fala da ministra, que é mais conhecida como ‘menina veneno’, fazendo a defesa da libração de agrotóxicos que são proibidos em muitos países, querendo triplicar o uso nas lavouras, falando de forma positiva, sem nenhuma preocupação com a saúde pública ou o meio ambiente. Parece que só o que importa é o lucro e retorno financeiro aos produtores rurais. Não se questiona se são cancerígenos, se comprometem o desenvolvimento neurológico de crianças ou se causam câncer”, ele completa.

Somente em 2019 já foram liberados cerca de 86 agrotóxicos no Brasil, um número que vem em crescente nos últimos anos. Dos 31 liberados nesta semana, 16 foram listados pela Anvisa com a classificação toxicológica mais alta. Tendo grande chance de trazer prejuízo para a saúde de quem o consome.

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