Derrotados pelo calor e a poeira, candidatos a PM prometem apelar à Justiça

Pelo menos cinco candidatos passaram mal e tiverem de receber atendimentos durante o TAF deste sábado – Foto CE.

Eliminados da disputa por uma vaga na Polícia Militar porque não conseguiram concluir os 2,4 quilômetros em até 12 minutos, candidatos prometem recorrer à Justiça para terem o direito voltar a fazer o teste em condições climáticas menos adversas.

Um dos que promete recorrer administrativamente e até judicialmente é Pedro Henrique Salor, de 22 anos, morador de Campo Grande. Ele chegou ao local dos testes por volta das 4 da madrugada e foi chamado para fazer a corrida mais de sete horas depois.

“O que eles expuseram a gente foi muito desgastante”. Acostumado a fazer o percurso em menos de 12 minutos, atribui a eliminação ao calor e à poeira da pista. Tinha fila demorada para ir ao banheiro e até para tomar água e isso tudo foi provocando desgaste físico e psicológico, reclama.

E não é somente ele que promete recorrer após ter sido eliminado pelo sol e a poeira. Diz que um colega com o qual costuma treinar também foi eliminado e já combinou com ele e outros que vão entrar com recurso. “Ele treinava comigo e sempre ia muito bem. Também não conseguiu terminar o percurso, já que conseguiu correr depois das 11 horas”, relata Pedro Henrique.

Os concorrentes eliminados entendem que houve concorrência desleal entre aqueles que disputaram nos primeiros horários da manhã. E, embora o edital previsse que a disputa seria por ordem de chegada, acreditavam que chegando 4 da madrugada seria um horário adequado para participar das primeiras baterias.

Não imaginavam que teria gente que chegaria antes da meia-noite. E isso certamente ocorreu porque tomaram conhecimento de que nos dias anteriores muita gente passou mal e teve até um candidato que acabou morrendo. Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, morreu na madrugada de sexta-feira e foi velado e sepultado neste sábado (5), em Goiânia.

Neste sábado teve oito baterias, com 45 participantes em cada uma delas. A pista é de chão batido e como não chove em Campo Grande deste a primeira quinzena de junho, a poeira foi aumentado bateria após bateria, o que é outro fator que prejudicou os candidatos deste sábado, último dos cinco dias de testes.

Pelo menos é isso que alegam os candidatos que prometem se organizar para que os exames sejam refeitos em data mais apropriada. Alegam, ainda, que o período do ano não é dos mais adequados para este tipo de exame, já que todos sabem que o vento, calor e umidade do ar normalmente são desfavoráveis para essas provas.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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