Diogo Nogueira usa inteliDiogo Nogueira usa inteligência artificial e recriDiogo Nogueira usa inteligência artificial e recria sua infância em capa de disco; compare com foto reala sua infância em capa de disco; compare com foto realgência artificial e recria sua infância em capa de disco; compare com foto real

— O menino da capa não sou eu, mas foi criado a partir de uma foto minha com aquela idade. Ficou muito parecido! Tudo ali é real na minha memória e sagrado pra mim. Representa a minha infância, quando eu saía pelas ruas do Recreio dos Bandeirantes, pulava o muro da casa dos vizinhos para roubar fruta, soltava pipa, jogava bola de gude debaixo da mangueira no quintal da minha avó em Rocha Miranda… — relembra o sambista.

A janela do sobrado é do antigo quarto de Diogo, de onde ele via seu pai compor com os amigos. João Nogueira, inclusive, aparece na imagem, à direita, em meio a uma reunião de bambas. Parceria dele com Paulo Valdez, “Meu samba anda por aí” surgiu de surpresa e, embora feche “Sagrado — Vol. 1”, foi a primeira canção selecionada, entre 30 faixas.

— Essa música nunca foi gravada! Eu não sabia da existência dela, fiquei muito emocionado quando me apareceu. Todo mundo chorou ouvindo. O filho do Valdez disse que ela foi feita nos anos 70, quando eu nem era nascido — conta o herdeiro do samba, de 42 anos.

A faixa “Meu samba anda por aí” abre na voz de João Nogueira, em gravação original, e segue com Diogo cantando. Questionado se tem intenção de fazer um clipe unindo pai e filho por IA, como fez uma campanha publicitária com Maria Rita e Elis Regina, o sambista fez ressalvas:

— Acho que seria muito emocionante, mas precisaria ter um estudo para entender como as pessoas receberiam. Existe uma certa resistência ao uso da IA na arte, gera críticas. No caso do comercial da Maria, eu achei lindo, trouxe uma vibração muito gostosa de saudade. O que complicou foi ter muito dinheiro envolvido…

Por falar em críticas, outra faixa inédita de “Sagrado — Vol. 1”, “Ciência da paz”, composição de Thiago da Serrinha, clama pela liberdade de crença, perante os frequentes casos de intolerância contra religiões afro-indígenas. Diogo conta:

— Eu mesmo fui atacado, julgado, quando fiz uma postagem falando que sigo o candomblé. Falei: “Gente, respeitem a minha religião, me respeitem”. Isso é amar o próximo. Não quer dizer que a doutrina que eu sigo seja melhor ou pior, é cada um na sua, e está tudo certo. Vamos louvar a Deus, rezar, bater cabeça… Fazer de tudo para que as pessoas sejam felizes da sua forma, do seu jeito.

‘Vol. 2’ vai falar de amor

“À moda antiga” e “Partideiro particular” são os únicos sambas do novo álbum que falam de amor. “‘Sagrado’ terá um ‘Vol. 2’ com outras oito faixas e um pouco mais romântico, falando das coisas boas que o amor tem. Sem aquela coisa de dor de cotovelo”, anuncia Diogo.

Apaixonado por Paolla

O cantor diz se considerar um romântico à moda antiga: “Adoro chegar com flores, bombons, joias, bilhetes… Eu acho que isso dá um sabor, dá um perfume à relação. E gosto de preparar as comidinhas que ela gosta. Eu amo essa mulher!”, declara-se à atriz Paolla Oliveira.

Já casados

Diogo diz que já se considera casado com Paolla, com quem mora junto: “A gente não tem necessidade de fazer uma celebração religiosa ou algo assim. Deus abençoa o encontro de duas pessoas que se identificam e se entendem de uma forma bonita, como a gente se entende…”.

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