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Relator obriga estados a mudarem cálculo do ICMS sobre combustíveis

Com resistência de senadores, relator voltou a impor cálculo feito com base no litro do produto; mas estados decidem prazo

Uma das propostas para reduzir o valor dos combustíveis em discussão no Senado terá um novo parecer . A ideia é retomar a imposição de que a cobrança da alíquota de ICMS sobre combustíveis seja feita sobre o valor fixo por litro e não mais sobre o valor de mercado. A obrigatoriedade da mudança no cálculo se assemelha ao modelo aprovado pela Câmara.

O relator do projeto, senador Jean Paul Prates (PT-RN), entretanto, deixará livre aos entes federados a definição da alíquota em si. “Os parâmetros, os estados que vão definir. Se vai pegar o preço (do combustível) dos últimos dez anos (por exemplo)”

Isso quer dizer que os entes poderão decidir o prazo a ser usado para estabelecer o ICMS. Anteriormente, no texto aprovado na Câmara, o cálculo levava em conta os últimos dois anos com base no preço médio nacional fixado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Prates defende que com a nova mudança no texto, está preservando a autonomia dos estados e evitando qualquer tipo de judicialização. “Não dá o detalhe da alíquota, porque esse detalhamento é dos estados, é o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) que faz. Eu vou indicar quais são os instrumentos que se tem que usar”, disse.

Atualmente, a cobrança do tributo estadual de combustíveis tem como base o percentual sobre o preço de mercado (chamado de ‘ad valorem’). Como o cálculo é feito sobre esse valor, quando há alta dos preços, há aumento do ICMS (e, consequentemente, da arrecadação). O parecer do senador vai definir que a cobrança passe a ser uma alíquota fixa por unidade de medida (litro) de combustível, assim como define o projeto aprovado na Câmara.

O novo parecer é diferente do apresentado no início da semana, quando o relator definiu uma alíquota única de ICMS, mas deixou de forma opcional: ou seja, cada estado poderia decidir se calcularia com base no preço de mercado ou por medida.

O senador afirma que o novo relatório incorpora as evoluções feitas em relação à imperatividade de algumas medidas e explica melhor o que o projeto faz do ponto de vista de ferramentas.

fonte: g1

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