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Garimpeiros ilegais fogem do rio Madeira antes da chegada de força-tarefa

Piloto do narco traficante Fernandinho Beira, que recebeu autorização do governo federal para garimpar - Foto reprodução

Depois da denúncia da imprensa – e antes da chegada da força-tarefa anunciada pelo governo, os garimpeiros ilegais fugiram das áreas que ocupavam no rio Madeira. As mais de 200 balsas começaram a deixar o rio durante a madrugada. Na manhã desta sexta-feira (26), restavam poucas embarcações. Bem diferente do cenário no começo da semana.
Áudios de garimpeiros mostram que o grupo está tentando escapar da operação que será coordenada pela Polícia Federal para reprimir o garimpo ilegal de ouro no rio Madeira.
Imagens divulgadas nas redes sociais revelam que há quatro meses os garimpeiros descem o rio Madeira em busca de ouro. De acordo com o Greenpeace. eles percorram 120 quilômetros pelo rio, entre os municípios de Borba e Autazes.
O Ministério Público acionou nesta sexta-feira (26) o Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar possível omissão dos órgãos de fiscalização, especialmente da Polícia Federal e da Marinha sob o argumento de que “não se pode aceitar a exploração de jazidas de ouros na região Amazônica de forma ilegal, tampouco calar-se para o fato de que essa exploração está descumprindo aos preceitos constitucionais e pondo em risco as vidas das comunidades da região”.
A Polícia Federal enviou nesta sexta para Manaus um avião que deve ser usada na operação contra o garimpo ilegal no Madeira. Agentes de vários estados e militares também estão sendo mobilizados.

Dragas e balsas atracaram no meio do rio Madeira, no Amazonas, para exploração ilegal de ouro. — Foto: REUTERS/Bruno Kelly
A extração ilegal de ouro traz muitos prejuízos econômicos, ambientais, sociais e até à saúde. No processo de separação do minério os garimpeiros usam mercúrio metal pesado e que ao se misturar na água que volta para rio vira tóxico e é capaz de contaminar todos os seres que vivem nas águas, dentre eles os peixes, principal fonte de alimento dos ribeirinhos.
“Não só a população que mora nesse entorno o mercúrio entra na cadeia alimentar, ele entra nos peixes e os peixes se locomovem, então esses peixes podem levar esse mercúrio e espalhar por até 500 quilômetros a partir do ponto da contaminação. Então quem está em Manaus, que vai ao mercado de peixes de Manaus que tem o habito de consumir regularmente o pescado, pode estar comprando e consumindo pescado contaminado por mercúrio se esse pecado for proveniente do rio Madeira”, explica Paulo Basta, pesquisador em saúde pública da Fiocruz.

Fonte G1.
Redação Gdsnews.