Francisco Jesus da Silva, de 30 anos, teve a prisão convertida em preventiva (sem prazo de detenção), após audiência de custódia, realizada na tarde de terça-feira, 26 de dezembro. Ele matou com golpes de faca a companheira, Renata Duran dos Santos, também de 30 anos, na madrugada de segunda-feira (25), na frente da filha dela, de 08 anos.
Conforme a Polícia Civil, Francisco deve ser transferido até esta quinta-feira (28) para o Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá, onde deve aguardar julgamento.
O delegado da Polícia Civil, Fillipe Araújo Izidio Pereira, disse que Francisco, ao ser preso em flagrante, foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado quando praticado contra mulher por razões do sexo feminino (feminicídio) e majorado por ter sido na presença de descendente, ou seja, na frente da filha da vítima. Em caso de condenação judicial, a pena somada, pode chegar a 40 anos de prisão.
Em depoimento, conforme o delegado, Francisco disse que estava arrependido e que matou Renata por “impulso”.
“Ele relatou que em seis meses de relacionamento com vítima, nunca haviam discutido e que essa foi à primeira briga. Também afirmou que se dava bem com a filha dela e que faziam planos, porém, durante discussão, no impulso, ele tomou a faca das mãos da vítima e desferiu golpes contra ela”, disse o delegado. A faca estava no meio de pertences do autor, que trabalhava em fazenda da região.
O feminicídio
Renata Duran dos Santos foi morta a facadas na madrugada do Natal, na região do Guiacurus, parte alta de Corumbá.
Francisco matou a companheira na frente da filha dela. Foi a menor quem saiu da casa para pedir socorro aos vizinhos. Um deles chamou mais três e entraram na casa, quando viram Francisco com a faca, que ele entregou para as testemunhas.
O corpo de Renata, estava em um quarto, caído ao lado da cama.
Neste momento, o autor, sem apresentar resistência, foi para outro quarto do imóvel, onde esperou a chegada da PM. Os policiais deram voz de prisão a Francisco, que, segundo o BO 6068/2023, estava disperso e não apresentou resistência.
No Distrito Policial, ao ser questionado, Francisco disse que tinha um relacionamento de seis meses com Renata e que, antes do crime, os dois estavam sentados na frente da casa, quando ela começou a implicar com uma vizinha, com quem, conforme ele, manteve relacionamento há algum tempo.
Ele afirmou que resolveu entrar na casa e Renata seguiu questionando-o. Conforme o autor, ele se deitou no quarto, momento que Renata teria ido para cima dele com uma faca que ele usa em seu trabalho na fazenda. Neste momento, de acordo com a versão dele, os dois teriam entrado em luta corporal, a mulher foi desarmada e golpeada por Francisco, vindo a óbito no local.
Fonte DC.
Redação Gdsnews.
