Longe das novelas há 9 anos, Carlos Machado vibra com cidadania americana: ‘Sonho realizado’

Com o green card, ele trabalhava no país como dentista e dublador, mas conseguir obter a cidadania americana este ano foi uma realização. Aos 57 anos, ele conta ao Gshow mais sobre as dores e delícias da vida no exterior e seus novos negócios longe das telinhas; confira!

“Me sinto aliviado e mais livre de ir e vir. Quando converso com os americanos, eles me parabenizam com um grande sorriso, sabem que é uma conquista importante. Eles veem com outros olhos, a gente percebe isso.”

“Tenho uma irmã americana. Meu pai era militar e na época veio fazer um curso nos Estados Unidos e minha irmã mais nova nasceu aqui. Através dela, obtive o green card há 13 anos. Não morava aqui definitivamente, mas todo ano eu vinha. Solicitei a cidadania há um ano e me chamaram para a entrevista. Estudei 100 perguntas, acertei as seis primeiras. Minha entrevista demorou mais de duas horas.”

“Um dos erros da minha ficha que tive que consertar foi quando me perguntaram, por exemplo, se eu tinha tido treinamento militar e eu disse que não. Sou tenente dentista da Força Aérea Brasileira. Também tinha treinamento com armas e não tinha colocado. Quando disseram que tinha sido aprovado fiz o juramento. Fiquei de pé, com a mão direita erguida e jurando fidelidade ao país. Me emocionei”

“Um dos juramentos é que em caso de guerra se tem que abrir mão de defender seu país de origem, difícil. Mas não vai ter guerra não, pelo amor de Deus!”

“Tenho a liberdade de entrar e sair dos Estados Unidos quando quiser sem risco de perder esse direito. Também tenho as vantagens de crédito, empréstimos em bancos, votar. Os brasileiros ficam felizes, é um sonho para a maioria ter isso em mãos.”

“Esse sentimento vem ao coração. Me emocionei sim! É um sonho realizado. Vem um filme na cabeça, de todas as dificuldades que ultrapassei. Primeira coisa que fiz foi perguntar se podia tirar uma foto com a bandeira que tinha lá fora com diploma em mãos de cidadão americano. Agora é aguardar o passaporte americano a caminho.”

“Estamos muito felizes, curtindo a nova fase de vida nova na família linda que Deus me deu. Meus filhos são muito amiguinhos, são muito raras as cenas de ciúmes. Luna, de 4 anos, e Luca, de 2, têm uma relação amorosa. Todos os dias quando acordam se abraçam, dão beijinho, passeiam de mãos dadas. É uma benção.”

“A minha relação com a Ivy é melhor do que nunca. O tempo passa e a gente fica mais maduro, a família cresce e o amor também. A gente encontra um tempinho sempre, tem que encontrar, né? Nem que seja de vez em quando, nas madrugadas, quando os dois estão dormindo.”

“Muito difícil para o brasileiro abraçar totalmente a cultura americana. A gente está em Orlando, um pedaço do Brasil, isso é muito bom. Onde a gente morava era interior da Califórnia, não tínhamos amigos. Estar aqui faz a gente ter acesso a mercado, restaurantes, igreja de brasileiros. Estamos mais próximos do Brasil, voo, direto, várias vantagens. Saudades existem para a gente se lembrar com alegria e sempre que possível a gente vai matar, como visitar a família ainda este ano.”

“Estou muito focado em projetos imobiliários. Abri uma empresa de investimentos junto com um sócio. Nossa empresa trabalha no ramo de imóveis, compra, vende e reforma. Temos alguns investidores do Brasil e investidores brasileiros que moram aqui. Os terrenos são adquiridos em leilões do governo pouco conhecidos até para muitos americanos. Me encontrei no ramo.”

“Fica um pouco mais complicado fazer novelas. Participações talvez. Por aqui tenho feito bastante dublagens em um mini estúdio em casa.”