Mobilização nacional dos trabalhadores em educação fecha várias escolas públicas em Corumbá

Várias escolas das Redes Municipal e Estadual de Ensino de Corumbá, não estão funcionando nesta quarta-feira, 16 de março. O motivo, é a mobilização convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Servidores do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) também apoiam a paralisação.

Com portões fechados, algumas escolas informam o motivo de não haver aula por meio de cartazes, como a Escola Municipal Izabel Correa de Oliveira, que fica no bairro Popular Nova. Mesmo assim, alguns pais levaram os filhos até a porta das unidades, porém, logo na chegada liam o “recado”, retornavam para casa.

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No cruzamento das ruas Frei Mariano e Dom Aquino, no Centro da cidade, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) fez panfletagem e com cartazes e faixas informaram o motivo da mobilização.

O presidente do Simted, Gabriel Omar da Matta Postigliatti, informou que na cidade, cerca de 15 escolas, entre municipal e estadual, aderiram ao movimento.

“Cerca de 15 unidades paralisaram em 100%. Com a mobilização de hoje, queremos chamar a atenção não só dos governos, do poder público, mas também de toda a sociedade para as nossas condições na Educação Púbica. O profissional da educação passa pelo período de retrocesso, pois se formos considerar políticas públicas, nós estamos vivendo retrocesso, queremos expor para toda a sociedade a nossa condição enquanto profissional da educação pública”, disse Gabriel.

As principais reivindicações são o cumprimento do piso do magistério 2022 (R$ 3.845,63 e 1/3 de jornada extraclasse) em todas as redes escolares; regulamentação do piso salarial dos profissionais da educação; valorização dos planos de carreira, contratações por concurso público, valorização dos servidores administrativos e contra a terceirização na educação e a militarização escolar.

No entanto, Gabriel, pondera que a mobilização vai além da pauta reivindicatória a nível nacional, que é o cumprimento do reajuste salarial sobre o piso do magistério.

Professores que aderiram à mobilização foram para o Centro de Corumbá no começo da manhã.

“Temos como pauta também as condições de trabalho dos profissionais de educação, por exemplo, professores hoje não têm amparo pedagógico, eles chegam na sala de aula e tiram do próprio bolso para terem seus recursos, materiais pedagógicos, onde não se pode levar em conta somente o livro didático, pois ele não contempla esse atraso de dois anos que tivemos por conta da pandemia. Então, pedimos formação adequada, reivindicando também valorização dos administrativos, que no município não temos plano de cargo e carreira, eles precisam. Pedimos também a gestão democrática, houve alteração recente no nosso plano municipal em que foi tirada a gestão democrática. A própria comunidade não tem mais o poder de voto para eleger o seu gestor escolar. A gente quer gestão democrática”, explicou Gabriel.

Após o ato desta manhã, está programada para as 14h, assembleia geral na sede do Simted, na rua Marechal Deodoro entre a Minas Gerais e Paraná, bairro Popular Nova, com a presença do presidente da Fetems, Jaime Teixeira.

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Reme

Os professores da Rede Municipal de Ensino de Corumbá (Reme) receberão os salários de março com reajuste de 6,42%. Em 2020, ficou acordado entre Prefeitura e Simted que a categoria teria reajuste de 12,84%, dividido em duas parcelas de 6,42%, uma para o ano de 2020 e outra para 2021.

A primeira parcela foi paga, mas, por causa da pandemia da covid-19, a Lei Complementar 173, de 27 de maio de 2020, trouxe uma série de restrições, inclusive a concessão de reajustes. O prazo de vigência terminou em 31 de dezembro de 2021, possibilitando a retomada do acordo. O Executivo enviou o projeto de lei à Câmara e a segunda parcela do reajuste foi aprovado pelos vereadores na semana passada.

Atualmente, um professor em início de carreira recebe R$ 2.244,17 por 20 horas semanais de trabalho (4 horas diárias). Com o reajuste o valor passa a ser de R$ 2.356,14. O piso nacional da categoria, reajustado pelo governo federal é de R$ R$ 3.845,63 para 40 horas trabalhadas semanalmente.

Na Reme, a reposição do dia letivo de hoje, acontecerá no dia 19 de março (sábado), em horário normal de aula, correspondendo ao período que o aluno está matriculado.

 

Fonte DC.

Redação Gdsnews.

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