Mulher do ator Leandro Firmino abre mercado solidário para mulheres em São Gonçalo: ‘Não tem vacina para a fome’

Leandro Firmino ficou internacionalmente conhecido pela frase “Dadinho é o c… Meu nome é Zé Pequeno”, em “Cidade de Deus”. Sua mulher, Leticia Firmino da Hora, não é atriz tampouco vive uma personagem, mas também usa uma frase de efeito para chamar atenção para o problema das famílias da comunidade Parada São Jorge, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, no meio da pandemia do coronavírus. “Não tem vacina para a fome”, dispara ela, que está vendo de perto os efeitos do vírus na periferia: “Além de haver muitos casos da doença, as pessoas não têm o que e como comer”. Preocupada, ela criou o projeto Mulheres da Parada e acaba de abrir um mercado solidáRIO na própria garagem.

“A gente disponibiliza os alimentos em prateleiras, caixotes, do jeito que dá. As famílias cadastradas podem ir até o mercadinho e pegar, sem custo, o alimento que estão precisando”, explica ela.

Letícia da Hora, primeira à direita: mercado solidário

Letícia da Hora, primeira à direita: mercado solidário Foto: reprodução/ facebook

Tudo começou com um projeto inscrito por Letícia num fundo social. Selecionada, ela recebeu R$ 2,5 mil. “Compramos cestas básicas e distribuímos para famílias cadastradas no projeto. Só que a cesta é básica mesmo: arroz, feijão, açúcar e óleo. Daí pensamos em diversificar mais os produtos para que todos pudessem ter mais ítens que forneçam nutrientes necessários à alimentação diária”, explica.

O mercadinho funciona em dois horários. E existem regras para levar os alimentos para casa. “Tem que fazer o cadastro, ser da comunidade, nós marcamos a hora em que a pessoa pode chegar, é obrigatório o uso de máscara e a limpeza das mãos com álcool gel. Até temos máscaras doadas também caso alguém chegue sem”, enumera.

Mulher de Leandro Firmino abre mercado solidário para mulheres de comunidade

Aberto há dois dias, no entanto, o local já não tem mais muitos alimentos em estoque. O que preocupa Letícia. “Eu e minhas vizinhas encabeçamos tudo ao ver a maioria das mulheres da Parada sem emprego e sem renda, já que grande parte é diarista. Nenhuma empresa ou governo está ajudando. Estamos fazendo na raça mesmo”, diz ela, que sempre trabalhou em ONGs na parte cultural: “Nunca fiz nada assistencialista. Mas senti que precisava ajudar de alguma forma. Eu e Leandro também estamos parados, mas temos nossas reservas. E estas pessoas? Falta água nas casas para lavar a mão, falta saúde, hospital, atendimento, comida. Entre um álcool gel e um saco de feijão para botar em casa, qual eles vão preferir?”, lamenta. Quem quiser colaborar com o mercadinho solidário, Letícia criou uma vaquinha no endereço vaka.me/1067097.

Mulher de Leandro Firmino abre mercado solidário para mulheres de comunidade

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Mulher de Leandro Firmino abre mercado solidário para mulheres de comunidade

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