Nova ‘cracolândia’: comerciantes relatam medo e ameaças no centro de Dourados

Mulher que esfaqueou rival é autuada em flagrante por tentativa de homicídio. Há meses comerciantes e moradores da região central de Dourados estão pedindo providências em relação ao crescente número de moradores de rua que se concentram nas imediações do terminal de transbordo municipal. O local já é chamado de nova ‘cracolândia’.

Por ciúmes do marido, mulher esfaqueia rival em “cracolândia” do Centro -  Interior - Campo Grande News

Comerciantes da região, disseram que a movimentação começou há cerca de quatro meses, com três a cinco pessoas, mas que agora aglomera mais de 20 moradores de rua fixos, além dos que passam diariamente, mas não se mantêm no local.

Empresários já notaram o efeito da movimentação, uma vez que os clientes sentem medo ir até o local, por serem constantemente assediados e ameaçados.

“Eles abordam as pessoas nos carros e dizem que se não derem algum dinheiro, vão danificar o veículo. Já cercaram vários de nossos clientes, principalmente mulheres”, conta um comerciante que prefere não identificar.

Outro comerciante afirma que já presenciou relação sexual e consumo de drogas ao ar livre, tudo à luz do dia. Além de assédio verbal a mulheres que transitam no local, muitas vezes, para utilizar as linhas de ônibus do transbordo. “Aqui fica cheio desde as 5h30 da manhã, eles moram aqui na rua. Ficam bebendo e usando droga durante todo o dia”, afirma.

O trecho compreende a rua Dr. Camilo Hermelindo da Silva, entre a Avenida Joaquim Teixeira Alves e Antônio Emílio de Figueiredo. O local teria sido escolhido devido à existência de traficantes e o grande comércio de bebidas alcoólicas na região.

Alguns dos envolvidos têm passagem pela polícia, com participação em crimes como seqüestro, entre outros.

No momento em que nossa reportagem estava no local a Guarda Municipal abordou algumas das pessoas que estavam por lá, porém, como não havia mandado para nenhum deles e nem algum crime em flagrante, nada pôde ser feito.

“A situação é uma questão mais social que policial. A Guarda sempre atende às solicitações, porém, se não há algum crime em andamento ou mandado de prisão para alguns deles, a atuação se limita a encaminhá-los para a Casa da Acolhida, uma vez que estejam dentro das condições da instituição”, afirma a comandante da Guarda, Liliane Nascimento.

Como são moradores de rua, eles podem ficar no local sem nenhum impedimento e se aproveitam de ações sociais.

Atualmente se alimentam com marmita distribuídas por igrejas e instituições e tomam água gratuitamente em postos de combustíveis que tenham bebedouros externos.

Enquanto isso, os relatos de violência continuam. Na última sexta-feira (26), duas ‘moradoras’ da ‘cracolândia’ se envolveram em um crime onde uma delas esfaqueou a outra no abdome, motivada por ciúmes.

A agressora foi encaminhada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), enquanto a vítima foi levada ao Hospital da Vida em estado gravíssimo.

 

Fonte DN.

Redação Gdsnews.

 

Total
0
Shares
Previous Post

Terça-feira de salários na conta do funcionalismo público estadual

Next Post

Incêndio destrói duas casas no bairro Amambai, em Campo Grande

Related Posts
Total
0
Share