O marasmo do poder público contribui para atos antidemocráticos perdurarem em Campo Grande

Agentes de trânsito e da Polícia Militar passam pelo local da manifestação – Foto CE.

Atos antidemocráticos ainda perduram na avenida Duque de Caxias de Campo Grande, em frente aos quartéis do Comando Militar do Oeste (CMO). Sob os estandartes da luta contra o comunismo, da intervenção federal e militar, apoiadores bolsonaristas permanecem ocupando os canteiros da avenida pelo quinto dia consecutivo.

A reportagem manteve contato com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN) a fim de compreender se a instituição tem tomado alguma medida, no que diz respeito às ocupações dos canteiros de via pública, da avenida Duque de Caxias. Além da liberação plena da avenida.

Por meio de sua assessoria, foi informado que essa questão trata-se de um assunto de segurança pública, não só de trânsito.

A equipe esteve presente em frente ao CMO na manhã de ontem (03), foi possível observar a presença de uma viatura da AGETRAN, sob a sombra de um dos toldos montados no canteiro da avenida, bem como a presença de alguns agentes fardados.

E o poder?

Ao questionar a assessoria do órgão fiscalizador sobre a natureza da presença dos agentes do Estado no local, foi informado que estariam lá para instruir os apoiadores :

“A primeiro momento, é de uma maneira pacífica, explicando e pedindo (para os bolsonaristas) retirarem os veículos dos canteiros e a partir desse momento começar a adotar outras medidas”, informa a assessoria.

Além disso, a assessoria informou que a AGETRAN começou a se reunir ontem (03) com a Prefeitura Municipal, Guarda Civil e Polícia Militar, para que decidam, em conjunto, como irão proceder na abordagem com os apoiadores bolsonaristas que clamam por intervenção militar nos canteiros da Avenida Duque de Caxias, em frente aos quartéis do CMO.

Lotando os canteiros com barracas, churrasqueiras e banheiros químicos, bolsonaristas liberaram apenas de forma parcial as faixas da avenida, o que gera um atraso no fluxo contínuo do trânsito da região, sobretudo em horários considerados de pico.

Trajados de verde e amarelo, acampados nos canteiros em frente ao quartel do CMO e do 9º Batalhão de Transporte, os presentes no ato cobram ações das Forças Armadas para um golpe militar, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, na última eleição.

No pleito, Lula foi eleito pela terceira vez para ocupar a cadeira da Presidência da República e Bolsonaro foi o primeiro presidente da jovem democracia brasileira a não conquistar uma reeleição. Os protestos antidemocráticos acreditam que as eleições foram feitas de forma fraudulenta e, portanto, as Forças Armadas deveriam intervir no resultado das eleições.

Até o momento do fechamento desta matéria a Prefeitura Municipal de Campo Grande não respondeu aos e-mails da reportagem, solicitando informações sobre a atual conjuntura na Duque de Caxias.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

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