No dia 1º de maio, após nove anos sem greves, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) deram início a um movimento grevista em busca de recomposição salarial, melhorias nas condições de trabalho e educação pública de qualidade. Essa decisão afeta diretamente mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos oferecidos pela instituição.
O movimento grevista, que também tem adesão de outras 39 instituições federais em todo o país, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), ganhou força devido à falta de avanços nas negociações salariais e nas condições de trabalho dos professores.
A paralisação das aulas na UFMS depende de cada unidade e curso, já que os docentes não são obrigados a aderir à greve. Nesta sexta-feira, está prevista uma reunião entre os professores e a Associação dos Docentes da UFMS (Adufms) para deliberar sobre a continuidade da paralisação.
Na terça-feira anterior ao início da greve, a Adufms protocolou junto à UFMS as orientações do Comando de Greve e solicitou a suspensão do calendário acadêmico, proposta que foi rejeitada pela reitoria. O reitor Marcelo Turine destacou que essa demanda deve ser formalizada por escrito para ser discutida pelo Conselho Universitário.
Além da greve dos professores, a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) também participou de reuniões para discutir questões salariais, sendo mantida a proposta de reajuste zero por parte do Governo Federal para o ano de 2024.
Diante desse cenário de mobilização, o reitor Marcelo Turine anunciou a formação de um grupo de trabalho para lidar com as demandas dos professores em greve, semelhante ao que já foi realizado com o movimento de greve dos servidores técnicos-administrativos. Este grupo contará com representantes da universidade, do movimento grevista dos professores e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Enquanto isso, os professores rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pelo Governo Federal, argumentando que não atende às demandas da categoria e não contempla os aposentados. As negociações seguem em curso, mas a greve na UFMS já está em vigor e pode se estender, impactando diretamente o calendário acadêmico e os estudantes da instituição.
Redação Gdsnews
Fonte/midiamax