Políticos influentes do Estado estão em caderno secreto confiscado pelo MPMS.

Edmilson Rosa quando foi homenageado pela Câmara Municipal de Campo Grande na década passada – Foto: Arquivo

Diversas anotações encontradas no escritório de Edmilson Rosa, proprietário da AR Pavimentação e Sinalização, trazem nomes e informes de vários personagens políticos do Estado. Rosinha, como é conhecido, é empreiteiro e foi denunciado na Operação Tromper, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgãos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) que investigam a organização criminosa que opera em Sidrolândia.

Em um dos cadernos, aparece o nome de uma das pessoas que colocam sua pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande. Há o registro de uma conta bancária no topo da folha e diversos nomes marcados com “OK”.

A lista de políticos também tem o nome de um dos caciques políticos mais atuantes no Estado, sobretudo por sua atuação forte no interior do Estado e por sua proximidade ao grupo investigado na cidade de Sidrolândia, local do esquema. Ele aparece em uma anotação de 2022, referente a documentação para obras.

Ainda na lista, há breve citação a duas empresas e a um empreteiro de Campo Grande, já investigado pelo Ministério Público em outros procedimentos, e que tem contratos milionários com a prefeitura de Campo Grande e também com o governo.

Como atuam no mesmo ramo, várias anotações ao empreiteiro tratam do dia-a-dia de engenharia e obras.

Porém, no caso das duas empresas, se trata de produtoras e marketing político que prestaram serviço em político derrotado para o governo do Estado em 2022.

OPOSIÇÃO

Nomes da oposição à atual prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, também são citados no caderno. Uma empresa de aviação agrícola, de propriedade do filho de um dos fazendeiros mais ricos do Estado, está em uma folha onde consta projetos a serem realizados pela empreiteira de Rosinha.

A família dos donos da empresa de aviação são conhecidos no meio rural pelo forte apoio do bolsonarismo, tendo já recebido o ex-presidente em sua propriedade e até mesmo escrito mensagens de apoio nas lavouras da cidade. As mensagens viralizaram nos grupos de Whats App, como o “Deus, Pátria e Família”

O chefão do esquema de corrupção no qual Rosinha foi denunciado criminalmente, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

Na sexta-feira (26), depois de 23 dias preso preventivamente, ele acabou libertado por força de uma liberdade provisória concedida pelo desembargador José Ale Ahmad Netto.

As condições estabelecidas pelo desembargador para a decretação da liberdade provisória praticamente inviabilizam uma campanha de reeleição do vereador nos moldes tradicionais, portanto, a melhor saída seria um pedido de afastamento ou de renúncia junto à Casa de Leis.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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