Campo GrandeDestaquesPolítica

Prefeita reclama de machismo em palanque; “nem recebo microfone por ser mulher”

Durante entrega de 79 novos veículos para administração municipal, Adriane Lopes (PP) destacou desafios e julgamentos após assumir a gestão da Capital

Durante agenda para entrega de 79 novos veículos para a administração pública, a chefe do Executivo Municipal por Campo Grande, Adriane Lopes, usou o espaço em palanque para evidenciar o machismo que sofre enquanto prefeita, destacando os desafios que enfrenta desde que assumiu o cargo.

Para Adriane, prefeita pelo Partido Progressistas (PP), sentar-se na cadeira e chefiar o Executivo foi um “dura missão” que recebeu. Ela frisa que o início de uma gestão, por si só desafiador, se potencializa em 10 vezes ao assumir uma prefeitura na metade de um mandato.

“Me deram três meses. Sabe o que é todo mundo olhar para você e subestimar sua inteligência, capacidade, sua identidade”, questionou Adriane Lopes no início de sua fala.

Conforme a prefeita, diferente das pessoas que a conhecem e aqueles que ainda estão conhecendo, há aqueles que apenas julgam pelos valores que possuem. Diante disso, Adriane alegou que nada em sua vida foi fácil ou caiu do céu.

A prefeita seguiu em discurso dizendo que teve que trabalhar muito para chegar onde chegou, ressaltando tanto os desafios para ascender ao cargo, quanto demais julgamentos e posturas que precisou enfrentar pelo simples fato de ser mulher.

“Conheço essa cidade há muitos anos, os bairros, ruas e não foi a passeio… tive que trabalhar muito, me posicionar, enfrentar violência política. Sofro todos os dias. Tem lugar que nem o microfone, por ser mulher, eu recebo. Quando recebo para deixar uma consideração, você vira do lado e está todo mundo conversando, porque o que você está falando não tem importância”, desabafa a prefeita.

Seguindo em frente

Para além desse momento em que sinaliza a desigualdade no tratamento pelo simples fato de ser mulher, Adriane continua sua fala alegando que “não veio para brincadeira”. Conforme a chefe do Executivo, ao assumir a gestão, sua postura seria a de fazer “o que prefeito nenhum fez”.

“Que é organizar processos internos, o que é uma missão árdua. Me disseram: ‘não faça isso porque você vai se queimar com todo mundo’.  Minha preocupação primeiro é com a cidade e com as pessoas que residem aqui e tem uma expectativa, em relação não só ao meu trabalho, mas de cada um dos senhores e senhoras que estão aqui e são servidores públicos municipais”, expõe.

Ainda, ela argumenta que os campo-grandenses esperam serviços públicos de qualidade; que as entregas – como a dos 79 veículos – sejam reais. Adriane ressalta ainda a beleza da cidade e o percentual de 85% dos campo-grandenses que se sentem confortáveis morando na Cidade Morena como um bom indicativo.

“As pessoas requerem algo a mais de cada um de nós. E é por isso que estamos aqui essa manhã, com investimento de R$ 6,9 milhões para troca de frota de veículos da prefeitura municipal. Nossas secretárias sabem a despesa que dá um veículo que circula pela cidade e tem mais de 20 anos de uso diário”, cita.

Entre os pontos de trabalho por vir, Adriane – que entra aos poucos em ritmo de eleição – destaca algumas frentes que podem pautar suas iniciativas futuras, sendo:

Educação,

Saúde,

Assistência e

Desenvolvimento econômico

Nesse sentido, ela frisa as organizações para consolidação da Rota Bioceânica pela Cidade Morena. “Não penso na Campo Grande de hoje apenas, mas uma cidade pujante, que passa a ser a capital da rota bioceânica, que vai trazer desenvolvimento e gerar novos empregos”, completa ela.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

Mostrar Mais
Botão Voltar ao topo