Santos supera turbulência nos bastidores e Vila “calada” para encaminhar vaga na Libertadores

Sánches e Marinho comemoram o gol do Santos — Foto: ESTADÃO

Uma cena chamou a atenção antes da vitória por 1 a 0 do Santos sobre o Bahia, na última quinta-feira, na Vila Belmiro, pelo Brasileiro. O técnico Jorge Sampaoli entrou no gramado para a partida sob um silêncio impressionante, algo completamente incomum quando se trata da relação da torcida com o argentino.

 

Foi difícil ouvir aplausos, gritos de apoio ou qualquer tipo de vibração. Nada.

 

Os santistas presentes só reagiram antes do início da partida quando os torcedores do Bahia (poucos) comemoraram como um gol a entrada dos atletas do Tricolor em campo. Vaiaram, prontamente. A Vila Belmiro recebeu 5.634 torcedores. O pior público da temporada, atrás dos 5.794 que assistiram à partida diante do Atlético-MG, em junho, um jogo após a eliminação da Copa do Brasil.

Sampaoli discute com torcedor do Santos após vitória sobre o Bahia na Vila Belmiro

O momento era completamente diferente na última quinta, contra o Bahia. Terceiro colocado, o Santos tinha chance de abrir distância para o São Paulo (e abriu) e encaminhar uma vaga na Libertadores…

 

É inaceitável que o estádio estivesse vazio. Horário era ruim, mas não pode ser desculpa. Até Sampaoli reclamou, não dos presentes em si, mas também do preço dos ingressos:

 

– A Vila Belmiro estava no 50%. Cada vez que vamos jogar fora diminuem os preços dos ingressos… Aqui não. Há distância institucional com a torcida. Necessitávamos da Vila cheia, gente fervorosa apoiando a equipe. Temos limitações, mas precisamos da torcida e não contamos com isso – criticou Sampaoli.

 

Além do silêncio, o elenco santista também teve de superar o clima turbulento nos bastidores, com entrevistas quentes durante a semana do próprio Sampaoli e do superintendente de futebol, Paulo Autuori, que fizeram inúmeras críticas públicas à gestão do presidente José Carlos Peres.

 

Sampaoli volta a criticar planejamento e não se garante no Santos em 2020

 

O futebol

Em campo, o Santos esteve longe de ser um primor. Foi melhor do que o Bahia na maior parte do tempo, mas sabe que pode render mais, principalmente atuando na Vila Belmiro. Depois de alguns sustos, passou a dominar as ações, mas sempre com muita dificuldade na criação e um meio-campo “truncado”. Evandro, muito mal, parece não se conectar com Carlos Sánchez, o craque do time. Alison, que entrou na vaga de Diego Pituca, lesionado, sentiu a falta de ritmo.

 

Um problema nítido foi o alto número de bolas alçadas na área… para ninguém. Curiosamente, o lance do gol foi gerado numa jogada individual de Marinho, na qual o atacante colocou a bola no chão e entrou na área. Foi derrubado e conseguiu um pênalti, posteriormente convertido por Sánchez, que deu a vitória importantíssima ao Peixe.

 

O que vem por aí?

O elenco santista se reapresenta na manhã desta sexta-feira e inicia a preparação para a partida contra o Botafogo, domingo, às 19h (de Brasília), de novo na Vila Belmiro.

 

Apenas reservas estarão no gramado do CT Rei Pelé, enquanto os titulares farão trabalho regenerativo na academia. O Peixe espera contar com o retorno de Diego Pituca, já que não terá Alison, suspenso, à disposição. Se o volante não se recuperar de lesão ligamentar no tornozelo esquerdo, a tendência é que Jobson ou Felipe Jonatan sejam utilizados.

 

Com a vitória sobre o Bahia, o Santos segue na terceira colocação do Brasileirão, agora com 55 pontos, seis a mais do que o São Paulo, o quarto colocado.

 

Fonte Globoesportes.

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