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Tóquio-2020: Pedro, Gerson e Daniel Alves encabeçam lista de convocados para a seleção masculina na Olimpíada; confira

Atacante do Flamengo é convocado a contragosto do clube

Pedro foi convocado por Andre Jardine mesmo com recusa do Flamengo Foto: Marcelo TheobaldPedro foi convocado por Andre Jardine mesmo com recusa do Flamengo Foto: Marcelo Theobald

Os 18 convocados para defender a seleção masculina de futebol nos Jogos de Tóquio foram conhecidos nesta quinta-feira. Como já era de se esperar, a relação ficou marcada  tanto pelas presenças quanto pelas ausências. Isso porque alguns clubes brasileiros e estrangeiros se recuseram a liberar seus jogadores. Com isso, o técnico André Jardine e o coordenador Branco precisaram montar um grupo com uma série de restrições. Ainda assim, a relação conta com nomes já conhecidos do público.

De todos, o que mais chamou a atenção foi o de Pedro, do Flamengo. Isso porque a diretoria rubro-negra decidiu não liberá-lo para os Jogos de Tóquio. Ainda assim, Jardine e Branco decidiram incluir seu nome por o considerarem fundamental tecnicamente.

– A gente trabalha e sempre trabalhou neste projeto visando a questão técnica. O Flamengo tem uma posição, e a gente tecnicamente tem outra. O Pedro é um jogador importante no processo olímpico,  um jogador que nos últimos dois jogos fez 3 gols. Espetacular. Tem uma vontade enorme de defender o Brasil. Nossa mentalidade é de escolher os melhores e o Pedro está entre os melhores jogadores do Brasil neste momento – argumentou Branco.

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Outro nome que chama a atenção é o de Daniel Alves. Aos 38 anos, o lateral do São Paulo terá a primeira oportunidade de disputar o ouro olímpico. Caberá a ele exercer a funçao de líder do grupo, que só permite três atletas acima dos 24 anos.

– Há atletas que são referência para todos nós. O Dani é um jogador que não à toa tem o currículo que tem. Um dos mais vitoriosos da história, por onde passa é campeão. Quando ele ficou fora da Copa América, já ficamos de olho. É um jogador que vai agregar demais: experiência, sabedoria, liderança. O universo quis assim. Disse a ele que a Olimpíada está faltando no currículo – contou Jardine.

Confira os convocados:

Goleiro: Breno (Grêmio) e Santos (Athletico)

Lateral-direito: Daniel Alves (São Paulo) e Gabriel Menino (Palmeiras)

Lateral-esquerdo: Guilherme Arana (Atlético-MG)

Zagueiro: Diego Carlos (Sevilla), Gabriel Magalhaes (Arsena) e Nino (Fluminense)

Meio-campista: Bruno Guimaraes (Lyon), Claudinho (Bragantino), Douglas Luis (Aston Vila), Gerson (Flamengo) e Matheus Henrique (Grêmio).

Atacante: Antony (Ajax), Malcom (Zenit), Matheus Cunha (Herta Berlim), Paulinho (Bayern Leverkusen) e Pedro (Flamengo).

Na outra lista, a dos ausentes, também há nome badalados. Principalmente o de Neymar, do PSG. Capitão da seleção na conquista do ouro na Rio-2016, o atacante chegou a manifestar ao PSG o interesse em participar dos Jogos de Tóquio. Mas não teve sucesso.

– Neymar é referência mundial. Então imagina para a gente. Grande líder da (seleção) principal. Gostaríamos de contar com ele. André (Jardine) citou o Douglas (Luiz), como exceção na questão de (disputar) duas competições. Logicamente, se tornaria muito mais difícil, como se tornou, pensarmos em alguém que faria Copa América e Olimpíada – explicou Branco:

– Gostaríamos muito de contar com o Ney, mas não deu por esse motivo. Que seja feliz e bicampeão da Copa América. Sorte para ele, para o Tite, para todo mundo.

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Rodrygo, do Real Madrid e Weverton, do Palmeiras, também estão entre os que ficaram de fora. Eles estavam na pré-lista de 50 jogadores eviada ao Comitê Olímico do Brasil para a vacinação contra Covid-19. Mas seus clubes não viram com bons olhos a ideia de perdê-los para suas próprias competições e vetaram suas idas.

Feita a convocação, o próximo passo da programação da seleção olímpica é a viagem para Doha, no Qatar, no dia 8 de julho. Os atletas farão a preparação e ambientaçao por lá até o dia 15, quando viajam para a capital japonesa. A estreia na Olimpíada será no dia 22, contra a Alemanha, uma reedição da decisão de 2016. A chave dos brasileiros inclui ainda Costa do Marfim e Arábia Saudita.