Xuxa comenta volta à interpretação após 13 anos e explica trato que tem com Sasha

Xuxa tem diversos projetos acertados com plataformas de streaming e já analisa os primeiros papéis da série de ficção que o Globoplay desenvolve com base em sua vida. A idealização é dela, de Patrícia Corso e de Clara Peltier. A direção ficará a cargo de Dani de Carlo.

— Eu tenho lido as coisas que elas me mandam. Dani, a diretora, é argentina e mora em Los Angeles, nos Estados Unidos. As outras são de São Paulo. O próximo passo é ver quem vai fazer os papéis A, B, C e D… Mas acho que (a série) deve sair só em 2024 — diz a apresentadora.

Enquanto isso, ela se dedica à gravação de uma produção para a Disney, “Tarã”. Após dez dias de trabalho no Acre, Xuxa fará cenas no Sudeste, em estúdios e numa fazenda em São Paulo. Estrela de filmes que fizeram sucesso com as crianças, entre eles “Super Xuxa contra o baixo astral” (1988) e “Lua de Cristal” (1990), ela comenta sobre a volta à interpretação após 13 anos:

— Eu não interpreto nada. Eu brinco (risos). Sou a única pessoa que não canta nos próprios discos, não atua nos filmes e bateu os recordes que todo mundo já sabe. Acho que com essa série eu vou chegar a lugares que, se eu não atuasse, não chegaria: falando da natureza, do cuidado com o ambiente. A plataforma tem me dado oportunidade de apresentar uma mensagem bacana, de falar sobre tudo o que tem em volta da gente. Se eu falasse, se fizesse um livro, acho que não chegaria ao público da mesma forma que com essa série. Na história, eu sou uma personagem que faz parte de uma tribo antiga. A Clã das Nuvens é inspirada em povos que viveram no Peru, havia pessoas brancas (loiras e ruivas). No roteiro, também tem a tribo das Nove Luas. Eu e um indígena dessa tribo nos apaixonamos. E minha personagem terá uma filha. Ela será importante para esses clãs, que antes brigavam. Tem amor de adolescente, muitas cenas na natureza… E por mais que eles tenham buscado referências reais, que tratem do desmatamento da Amazônia, frisam que é uma ficção. Vão ser temas sérios tratados de forma lúdica.

A gaúcha, de 59 anos, explica que tem estudado sobre o que será abordado na história, mas é capaz de cometer erros nos bastidores da produção, já que tratar de povos originários envolve discussões sobre termos politicamente corretos:

— Você acha que vou chegar lá e não vou usar nenhuma expressão errada? Claro que vou. Mas vou aprender. Nós estamos aqui para isso. Tenho medo de errar com tudo. A gente está aprendendo a tentar se comunicar com todo mundo em harmonia. Eu venho dos anos 1980, em que tudo era permitido. Na televisão, por exemplo, era normal. Vou dar um exemplo: gravei uma chamada na Globo com o Grande Otelo e fiz blackface. Me pintaram de preto e ele cantava para mim, eu para ele, brincando. Ninguém pensou em fazer para ridicularizar ninguém. Inclusive, ele adorou. Hoje já sabemos que isso machuca algumas pessoas. E, se machuca, não devemos fazer. Tem coisas que eu fiz no passado, por ignorância, por achar que era normal. Há pouco tempo, dei declarações erradas e fui pedir desculpas para as pessoas (Xuxa se refere ao episódio em que opinou que remédios fossem testados em presidiários). Não é feio assumir que errou. Feio é dizer “eu errei, mas está bem, vou pedir desculpas”. Eu errei, sei que errei e vou errar ainda. Só que quero errar cada vez menos e segurar na mão de quem gosta de mim e está disposto a me ajudar.

Na última segunda-feira (1), em comentários do Instagram do site, Xuxa se pronunciou contra o racismo sofrido pelos filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. Essa não é a primeira vez que ela publica declarações de repúdio a temas sensíveis. A apresentadora explica que, sempre que pode, se posiciona e corrige quem comete erros:

— Neste momento que a gente está vivendo, ainda tem gente que fala “está chato, a gente não pode falar nada”. Eu discordo. Está chato a gente não querer aprender a se comunicar. Existe muita coisa para a gente ler e se informar para errar cada vez menos. Chato é a gente continuar errando. Esses dias vi uma pessoa falando sobre educação infantil. Tem gente que acha que bater em criança é educação. Eu canso de ver as pessoas usando isso. Fico com vontade de reforçar sempre que não se faz. Aí tem pais que dizem: “Vou educar do jeito que eu quiser”. Sim, mas com violência, não.

O diálogo foi o que regeu e ainda está presente na relação de Xuxa e da filha, Sasha, por exemplo. Segundo Xuxa, o golpe financeiro que a modelo e seu marido, o cantor João Figueiredo, sofreram esteve presente nas suas conversas. Mas, por conta da fama e da repercussão de declarações, elas fizeram um trato. A mãe explica:

— A gente conversa sobre todos os assuntos. Mas eu não falo (publicamente) sobre a vida dela. Quando as pessoas perguntam sobre as minhas particularidades, ela diz: “Olha, fala com a minha mãe”. A gente respeita muito uma a outra. Está junto com a palavra “amor”. A maneira de eu demonstrar que eu a amo é respeitando o espaço dela. E ela respeita o meu.

Xuxa vai protagonizar série da Disney
Xuxa vai protagonizar série da Disney
Fonte: Patricia Kogut
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