Zerar déficit pede pacto entre Poderes, diz Haddad após decisão de Pacheco sobre folha de municípios.

Para Haddad, “não vai ser um ministério ou um Poder da República que vai resolver a herança herdada do governo anterior de absoluto desequilíbrio federativo e desequilíbrio fiscal”. -Foto Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vê a necessidade de um pacto entre Executivo, Judiciário e Legislativo para atingir os objetivos econômicos do governo.

A principal meta para este ano, segundo ele, é zerar o déficit primário. Esse norte ficou mais distante na segunda-feira (1º) após a decisão do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), de impedir a reoneração da folha salarial dos municípios a partir deste mês.

Questionado sobre a decisão, cuja perda de arrecadação para o governo federal é de aproximadamente R$ 10 bilhões, Haddad apontou que já há um projeto de lei em tramitação na Câmara resolvendo a questão.

“Tem havido compreensão por parte dos parlamentares. Vamos aguardar nesse mês de abril a votação na Câmara”, avaliou.

“Nós precisamos de um pacto nacional dos Três Poderes, uma harmonia entre os Três Poderes, para a gente chegar aos objetivos pretendidos na área econômica”, prosseguiu o ministro.

O pacto serviria para equacionar outros problemas na visão do ministro, como o Perse, programa de ajuda ao setor de eventos que o governo tentou extinguir alegando fraudes, e a desoneração da folha salarial para 17 setores da economia.

“Você fixa uma meta de resultado primário e encaminha leis que vão dar consistência a essa meta. O trabalho junto ao congresso é para convencer que precisamos encontrar fonte de financiamento das despesas criadas”, continuou.

Para organizar as contas públicas, disse Haddad, o governo federal “depende muito do STF [Supremo Tribunal Federal] nos julgamentos que estão sendo feitos, e estamos com bom resultado de sensibilizá-los sobre a questão das contas públicas”. “O mesmo trabalho tem que ser feito na Câmara e no Senado”, disse logo em seguida.

“O Executivo é um Poder, hoje os outros dois Poderes têm muito protagonismo no que diz respeito a esse encontro de contas”, ponderou.

Para Haddad, “não vai ser um ministério ou um Poder da República que vai resolver a herança herdada do governo anterior de absoluto desequilíbrio federativo e desequilíbrio fiscal”.

“O papel da Fazenda é dar um norte para como arrumar uma casa desarrumada pela irresponsabilidade do [ex-presidente Jair] Bolsonaro [PL]. Agora nós vamos fixar uma meta e buscar respeitando os protocolos democráticos que nós defendemos, inclusive, durante as eleições”, concluiu.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

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