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Bancários protestam e podem paralisar atividades em Mato Grosso do Sul

Bancários protestam por reajuste e melhores condições de trabalho - Foto: CE.

Bancários de Mato Grosso do Sul aderiram a uma mobilização nacional e protestam contra a demora dos bancos em apresentar propostas para a negociação salarial. Em Campo Grande, o protesto é realizado em frente à agência do Banco do Brasil, na Avenida Afonso Pena.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, Neide Rodrigues, a data base da categoria é em setembro e as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) começaram há dois meses, sem avanços.

Além do reajuste, os bancários também pedem uma série de melhorias nas condições de trabalho.

“São várias pautas, dentre elas a questão da segurança bancária, tanto para o trabalhador quanto para o cliente e usuários”, disse Neide.

“Os bancos querem retirar todas as portas giratórias das unidades, querem retirar os seguranças, os vigilantes, ou seja, essa é uma pauta que está na mesa e nós exigimos a manutenção das portas de giratórias e também dos seguranças vigilantes”, explicou.

Outro ponto reivindicado é com relação a metas impostas aos trabalhadores, que segundo a presidente, são abusivas.

Também está na pauta de negociação a questão do assédio moral e sexual, que veio à tona recentemente com denúncias contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

“Isso acontece em todos os bancos. Então nós estamos tratando isso na mesa de negociação, todos os bancos se comprometem a criar um canal de denúncia”, disse.

“O que nós queremos é que o sindicato também possa acompanhar esse canal porque, muitas vezes, ao invés de ser ter uma solução, acaba tendo um problema, porque o denunciante acaba sendo penalizado”, acrescentou;

Ainda segundo a presidente do sindicato, em dois meses de negociação, não houve proposta de nenhum índice de reajuste salarial.

Um nova rodada de negociação será realizada nesta sexta-feira e, caso não haja proposta, os bancários afirmam que podem iniciar uma greve.

“Estamos começando a fazer o movimento, vamos fazer paralisações, vamos chamar atenção na sociedade porque não dá para a categoria ficar sem nenhum reajuste”.

Conforme os bancários, além do salário defasado, desde 2013, cerca de 77 mil bancários foram demitidos no País e, entre março de 2021 e março de 2022, 1.007 agências foram fechadas.

O sindicato afirma que isso causa problemas também a população, como longas filas para atendimento, e sobrecarga aos funcionários.

“Não se trata apenas de um protesto sobre a nossa negociação salarial, é um ato que exige que as instituições financeiras respeitem também a população. Os bancos prestam um serviço essencial, nossas reivindicações têm o objetivo de melhorar a vida dos trabalhadores e garantir um atendimento digno à população”, concluiu a presidente do sindicato.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.