Com movimento em alta, aeroporto da Capital terá investimento mínimo dos espanhóis.

Embora seja pago, estacionamento é aberto e motoristas são alvo da ação de flanelinhas. Por isso, são obrigados a pagar duas vezes – Foto CE.

Com o movimento de passageiros em alta, a estatal espanhola Aena assume o aeroporto de Campo Grande no próximo dia 13 fazendo mistério sobre possíveis investimentos para melhorar a prestação do serviço aos usuários.

Desde o começo do ano estão passando pelo aeroporto uma média de 126,7 mil passageiros por mês, o que representa aumento de 18% na comparação com os 107 mil que embarcavam ou desembarcavam mensalmente nos primeiros oito meses do ano passado.

E, por enquanto, a empresa espanhola não tem um plano de investimentos nem mesmo para concluir a reforma, que ficou inacabada. Em nota, a assessoria de imprensa da concessionária limitou-se a informa que “neste momento, a Aena realiza um inventário das obras que foram paralisadas para planejar sua retomada e conclusão dentro dos prazos previstos em contrato”.

Sobre investimentos maiores, como uma possível adequação para que os usuários não precisem passar pela chuva na hora do embarque ou desembarque, por exemplo, a estatal informou que “o anteprojeto para as obras do aeroporto ainda está sendo desenvolvido e será entregue à ANAC em dezembro. A empresa tem, por contrato, 180 dias para entregar o documento, contados a partir da data de sua eficácia, que aconteceu em 2 de junho”.

Mas, para não dizer que vai continuar tudo como está, a assessoria informou que “no curto prazo, a Aena planeja melhorias para aumentar o conforto dos usuários, como um novo sistema de conexão à internet wi-fi, mais estável e veloz, adequação da iluminação, instalação do ar-condicionado em todas as áreas do terminal, melhoria dos banheiros e demais áreas comuns”.

Hoje, um dos pontos críticos do aeroporto é o estacionamento pago. Ele é totalmente aberto e constantemente usuários são abordados por “flanelinhas” exigindo pagamento, embora uma taxa pela segurança dos veículos também tenha de ser pagar à terceirizada que explora o espaço.

Sobre essa questão, a assessoria informou que “a Aena estuda alternativas para melhorar o conforto e segurança dos usuários já no primeiro ano de operação”. Investimentos maiores, conforme a empresa, serão concluídos somente até o fim de 2026.

AMPLIAÇÃO

Com investimento previsto de quase R$ 40 milhões, as obras de reforma começaram há exatos quatro anos, em agosto de 2019. Pouco mais de dois anos depois, em outubro de 2021, apesar de os trabalhos estarem inacabados, o então ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, chegou a fazer uma espécie de inauguração do espaço, que até agora não foi concluído.

Com dinheiro público investido antes da privatização, o terminal ficou 65% maior, passando de 6,2 mil metros quadrados para 10 mil. A capacidade de passageiros cresceu 80%, saindo de 2,5 milhões para 4,5 milhões de usuários por ano.

Porém, a demanda por voos está longe de chegar ao patamar de 4,5 milhões de pessoas por ano. No auge dos movimento aéreo, em 2012, a Infraero registrou a passagem de 1,65 milhão de passageiros pelo terminal.

Nos anos seguintes, até 2019, verificou-se uma ligeira oscilação para baixo, fechando aquele ano pré-pandemia em 1,54 milhão. No ano seguinte, porém, o primeiro ano da pandemia, o fluxo despencou para apenas 712 mil pessoas.

Em 2021 voltou a crescer um pouco, fechando o ano em 1,03 milhão de embarques e desembarques. No ano passado, o movimento aumentou em quase 32% e a Infraero computou a passagem de 1,35 milhão de pessoas chegando ou saindo.

E esta tendência foi mantida ao longo de 2023. Nos primeiros oito meses do ano passado haviam sido 863 mil passageiros. Agora, no mesmo período, já são 1,01 milhão, o que representa aumento da ordem de 18%.

Caso seja mantida esta tendência, o fluxo alcançará 1,6 milhão de pessoas ao final de 2023 e será maior que o último ano antes da pandemia, quando 1,54 milhão de passageiros foram computados pela Infraero.

INTERIOR

A concessionária Aena também vai assumir a administração dos aeroportos de Ponta Porã e Corumbá, a partir dos dias 7 e 11 de novembro, respectivamente. Para estas pistas também ainda não existe um plano de melhorias. Ele será entregue somente em dezembro e as possíveis obras serão concluídas no final de 2026.

Pelo aeroporto de Ponta Porã passaram, entre janeiro e agosto deste ano, 52,5 mil passageiros. Pelo terminal de Corumbá, o número foi menor ainda. Embarques e desembarques somaram 25,6 mil pessoas.

Tanto as pistas da Capital quanto as duas do interior foram repassadas à Aena como uma espécie de contrapeso para que ela pudesse assumir o controle de Congonhas, em São Paulo, o segundo mais movimentado do País.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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