EsporteFixo

Entenda quais os próximos passos após acordo entre Vasco e 777 Partners para venda da SAF

Constituição da empresa precisará passar por aprovação dos sócios, que depois apreciarão proposta dos americanos; antes, Conselho Deliberativo vota aporte imediato de R$ 70 milhões

Ao assinar acordo com o 777 Partners, o Vasco deu passo largo para a venda de participação majoritária da sua SAF, mas ainda restam dúvidas sobre os próximos passos do negócio. A constituição da empresa deverá passar por aprovação dos sócios, que depois apreciarão a proposta dos americanos de R$ 700 milhões por 70% das ações. Quando acontecerá a votação? Quantos votos são necessários para aprovação? O ge responde esses e outros questionamentos.

A proposta da empresa americana é de R$ 700 milhões por 70% da SAF, com investimento imediato de R$ 70 milhões, que precisa passar por aprovação do Conselho Deliberativo (CD). Esse valor é uma espécie de empréstimo-ponte que será descontado do montante total após a assinatura do contrato vinculante.

O empréstimo é uma das únicas partes vinculantes do acordo assinado pelo presidente Jorge Salgado em Miami. A outra é a exclusividade recíproca nos 90 dias em que todos os trâmites políticos e burocráticos (diligência, redação do contrato etc) sejam realizados. Nesse período, nem o Vasco nem a empresa americana podem negociar com outras partes.

O Vasco trabalha para que a votação ocorra nesta semana, mas a convocação ainda depende do parecer do Conselho Fiscal (CF). Caso o documento seja enviado para o Conselho Deliberativo ainda nesta terça-feira, o presidente Carlos Fonseca convocará reunião para votação do empréstimo em 48 horas. Se o parecer sair a partir de quarta, a estimativa é que a reunião só aconteça após o feriado de Carnaval.

A partir do sinal positivo dos conselheiros, o 777 Partners tem uma semana para depositar R$ 70 milhões na conta do clube. Informalmente, no entanto, as partes combinaram que a transferência será feita no dia seguinte à aprovação. Para a apreciação do empréstimo, o estatuto do Vasco exige quórum qualificado (mínimo de 151 conselheiros) e aprovação de 2/3 dos presentes (101 votos “sim”).

Uma das discussões pretendidas por Carlos Fonseca é sobre o rito de aprovação da SAF. Como o estatuto não aborda o fato específico da venda do clube, os conselheiros precisarão decidir qual a interpretação nesse caso. No entendimento do presidente do conselho, a aprovação não diz respeito ao CD e caberia à Assembleia Geral (AGE) aceitar ou não a proposta.

Nesse caso, o papel do conselho seria mais no sentido de recomendação ou não da aprovação, como acontece com o Conselho Fiscal na questão do parecer sobre o empréstimo de R$ 70 milhões. Mesmo que o CF não indique a aprovação, cabe ao CD dizer sim ou não.

Mostrar Mais
Botão Voltar ao topo