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Gabriela Loran: “Transcendi uma coisa que era imposta para mim”

Gabriela Loran, de 28 anos, foi a primeira atriz trans em Malhação. Também foi a primeira trans em outros trabalhos que fez, em muitos dos lugares que frequentou, em um sem fim de situações sociais. E, no que depende dela, isso não acontecerá mais. “Não quero ser a única nesses espaços. Representatividade não pode ser de uma só pessoa”, avisa ela, que é influencer e ativista – lutando por quem, como ela, se descobriu trans. “Tenho uma tatuagem  escrito ‘transcender’. Falo que a gente transcende o gênero. Eu desabrochei e transcendi uma coisa que era imposta para mim”, diz Gabi, que simpática e muito falante, lembrou com leveza sua história, de criança do subúrbio aos papéis na Globo – estará na próxima trama das 7, Cara e Coragem.

Ela nasceu e cresceu em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Em casa, era a caçula de três irmãs – além dela, Gisele, de 38 anos, e Gabriele, de 31. A veia artística aflorou cedo: pequena, dona de uma imaginação muito fértil, tinha desejos longe do alcance dos pais, o motorista de ônibus Manoel, 56, e a ex-funcionária de supermercado Maria, de 55. “Eu pedia ‘mãe, me leva no Raul Gil, quero cantar no Raul Gil. Só que a gente tinha uma condição muito humilde, né? Eu sempre falava ‘mãe, me bota na aula de canto, me bota na aula de teatro’. Mas nunca tivemos dinheiro e nem tempo para isso”, lembra. “E aí eu fui crescendo e esse sonho começou a ficar distante. Vem a cobrança da família em relação a um trabalho para que você possa mudar de vida”, diz.

Na adolescência, Gabi fez curso técnico de segurança do trabalho. Tinha sido promovida a subgerente na farmácia em que trabalhava e pensava em fazer engenharia ambiental, quando soube que a CAL, a conceituada escola de artes carioca, estava com vestibular aberto, com possibilidade de acesso pelo FIES. Ela se inscreveu, fez a prova e passou “Falei: ‘mãe, eu vou para o Rio, vou estudar artes cênicas. Eu preciso disso’”, conta. Alugou um quarto em uma casa na Zona Sul, arrumou um emprego no Outback e passou os anos seguintes trabalhando muito e dormindo quase nada.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran exibe o D na mão esquerda, parte da campanha antiassédio Stand Up de L’óreal Paris: Distrair, Delegar, Documentar, Direcionar, Dialogar (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran abraçou a plataforma antiassédio Stand Up de L’Oréal Paris (Foto: Léo Lemos)

“Entrava no Outback cinco da tarde, saía quatro da manhã; entrava na CAL sete da manhã, saía da CAL três da tarde. Ganhava muito bem, mas não tinha vida”, diz. “Na CAL, todo final de semestre a gente montava um espetáculo. Eu ia para a sala de aula e dormia, não conseguia ficar acordada. E aí em uma dessas montagens o professor me deu uma personagem sem fala”, conta, às gargalhadas.

Foi no palco que Gabriela nasceu. “No teatro também me descobri, desabrochei enquanto mulher trans. Eu comecei Gabriel e terminei Gabriela. Eu nunca sentei com meus pais e falei ‘olha, eu sou isso, sou aquilo’. Eu nunca estive dentro de armário nenhum. Odeio esse negócio de estava dentro do armário, saiu do armário. Eu não sabia quem eu era, como é que eu vou sair de um lugar que eu nem sei quem eu sou?”, questiona.

A conversa com os pais veio na forma do espetáculo de formatura, para o qual juntou cenas de personagens trans das série Sense 8 e Orange is The New Black. Chamou seu Manuel e dona Maria para assistir. “Eles viram, me parabenizaram, e foram embora. Fiquei ‘aí, meu Deus do céu! E agora?’. E nada, nada, nada [de retorno]. No dia seguinte, minha irmã me liga: ‘Gabriela, você não sabe o que o pai falou ontem, quando chegou, ele falou que foi a primeira vez que ele viu a filha dele no palco, não o filho’. E aí eu só chorava”, sorri.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran veste tricô Animale, short SRI Clothing e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

“Minha família, obviamente, teve os preconceitos dela por conta da ignorância e da falta de acesso à informação. Assim como foi para mim, também. Fui aprendendo e ensinando a eles. E eles foram aprendendo comigo e nunca me questionaram”, explica a atriz. “Não teve o ‘por que que você está vestindo essa roupa?’. Eles sempre viam, percebiam, mas tratavam com humanidade. Eles começaram a humanizar a minha existência”, aponta, sobre a aceitação que teve em casa.

O momento era, literalmente, de transição para a atriz. Ela começava a reivindicar Gabriela e não queria ser mais Gabis – “uma coisa nem ele nem ela” -, o meio do caminho até entender que era uma mulher trans e queria ser chamada de Gabriela. Foi durante essa época que começou a postar vídeos no YouTube. A ideia era suprir a falta de relatos que a própria atriz sentia sobre o processo, dos hormônios à libido. Gabi ficou popular, o que levou à carreira de influencer. A visibilidade trouxe, ainda, o assédio nas redes, que ela sofre ainda na vida real. Por isso abraçou a plataforma antiassédio Stand Up de L’Oréal Paris, marca da qual é uma das embaixadoras.

A plataforma oferece um treinamento que utiliza recursos audiovisuais para ensinar uma série de ferramentas que podem ser usadas em situações de assédio. São os 5 Ds: Distrair, Delegar, Documentar, Direcionar, Dialogar. O treinamento é gratuito, online e leva cerca de 10 minutos. “A gente não pode mais entender o assédio como parte da nossa vida. Não é normal eu passar na rua e alguém me chamar de gostosa. Nunca foi normal”, frisa. “O treinamento é fácil e muito intuitivo e homens e mulheres devem fazer. A  mensagem tem que ser levada onde esse tipo de informação não chega. O assunto precisa ser debatido.”

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa vestido SRI Clothing e brinco Rajastan (Foto: Léo Lemos)

Gabriela diz que sente o assédio no dia a dia das mais diversas formas, como a hipersexualização e fetichização de seu corpo. “O homem que me xinga na rua é o homem que chega em casa e vê vídeo sobre mim. O nosso corpo é colocado em um lugar em que ele só vale para ser assediado, xingado e consumido através da prostituição”, diz a atriz, que recebe desde cantadas na rua a nudes de desconhecidos nas redes sociais. O assédio aumenta quando as pessoas sabem que Gabi é uma mulher trans. “Aí querem saber se sou operada, se não sei o quê… E caímos de novo na fetichização do corpo trans, e eu não quero ser endeusada e nem tratada como lixo. Quero ser humana”, avisa.

“Eu não quero ser endeusada e nem tratada como lixo. Quero ser humana””

Gabriela Loran

Ela também é vítima de assédio quando é identificada como uma mulher cis. “Eu tenho uma certa passabilidade, as pessoas não me leem como trans. Sou grande, tenho curvas, me veem como uma negra de pele clara, gostosona. E aí o assédio vai para o lugar da hipersexualização da mulher negra, que é real”, desabafa. “Eu fui de um extremo a outro. De botar o pé na rua e ser xingada com o ‘é menino ou menina’ a esse da mulher vista como cis, de estar na balada e segurarem meu braço querendo me beijar. Eu estava nesse lugar do ódio, do xingamento. Comecei a não entender esse novo tipo de assédio”, avalia, apontando as várias formas de preconceito que sofreu.

“O Gabriel sofreu discriminação só racial. Nunca sofri assédio quando era Gabriel, mas sempre fui muito, muito feminino, e as pessoas odeiam tudo que está associado ao feminino, então diria que ali eu era colocada em um lugar de diminuição. A partir do Gabis, eu não era [na percepção alheia] nem ele, nem ela, mas um gênero fluido no qual que eu já habitava as roupas femininas. Ali o assédio começa. E, como Gabriela”, afirma.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa vestido SRI Clothing e brincos Rajastan (Foto: Léo Lemos)

VISIBILIDADE E BELEZA
O tema do assédio é um dos muitos que Gabi discute em suas redes sociais. Ela é ouvinte atenta de pessoas trans, em sua grande maioria mulheres, querendo tirar todo tipo de dúvida. “Você não vira trans, você nasce trans. É uma condição de vida. Mas só vai desabrochar quando tiver acesso à informação. Eu fiz terapia, tive acompanhamento no IEDE  [Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione, no Rio]”, relata. “Passei a entender o meu processo. E falei ‘calma, vou etapa por etapa. Eu já entendi que eu sou uma mulher trans, mas será que eu quero me hormonizar? Quero. Vamos ver os riscos, são esses, vale a pena, vale. Quero botar silicone? Não, gosto do meu peito assim. Então não bota’”, relata. “Tem que ser sempre de dentro para fora, são mudanças permanentes e você precisa estar informada. Isso é algo que digo para quem me procura: estude, aprenda, se informe”, alerta.

Gabi também faz questão de incluir os pais e o resto da família em seus conteúdos na web, porque desde a época de Malhação recebe pedidos de mães de pessoas trans ou em transição querendo saber mais sobre o tema. Ela sabe a falta que faz uma referência. Na adolescência, tentou o suicídio. “Foi um momento muito difícil porque a sociedade machista não colaborava com minha existência e eu não via referências. Eu não podia ser eu, não entendia o que tinha de ‘errado’ comigo ou por que sofria tanto preconceito por ser quem eu era”, lembra.

“Digo que as pessoas trans não se matam, elas são suicidadas por um sistema tóxico e transfóbico”

Gabriela Loran

“Você tem a pressão da escola, o bullying, a questão familiar – mesmo em uma família amorosa como a minha – e tudo tende a fazer com quem você enfraqueça. Eu tive esse momento de achar que eu tinha que romper com tudo porque não queria sofrer mais. Não deu certo e, na hora, lembrei o que o que eu representava para família e, por mais que eles não entendessem, eu não queria que eles sofressem”, diz Gabi. “Por isso digo que as pessoas trans não se matam, elas são suicidadas por um sistema tóxico e transfóbico”, aponta.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa vestido SRI Clothing, brincos Rajastan e óculos Chilli Beans (Foto: Léo Lemos)

Os vídeos na internet, que tanto ajudam outras pessoas na situação mais delicada em que Gabi já esteve, impulsionaram a carreira de influencer, que começou a pandemia com dez mil seguidores no Instagram e hoje tem quase 330 mil. “Perdi todos os meus trabalhos de atriz nessa época [devido à parada das produções] e pensei ‘vou tentar ganhar dinheiro com internet’. E aí comecei a criar vídeo, perfis como Mídia Ninja e Quebrando o Tabu começaram a compartilhar, atores e artistas começaram a me seguir”, lembra. “E eu passei a ter relevância na internet, o que no final me levou a uma carreira de influencer”, acrescenta, contando com orgulho que hoje sua mãe e irmãs trabalham com ela.

“Minha mãe já fez de tudo nessa vida. Quando meu pai sofreu um acidente e passou muito tempo se recuperando, ela foi trabalhar em um mercado. Foram 15 anos lá e não era promovida nunca, mesmo exercendo cargos de chefia sem ganhar para isso. Agora que estou conseguindo trabalhar direitinho disse ‘vamos trabalhar comigo’. Aí ela foi, pediu as contas, e saiu”, diz, emocionada.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa blazer e saia Hugo Boss e top Rio Summer (Foto: Léo Lemos)

Como influencer de beleza, Gabi garante que testa, sim, tudo que usa, em respeito não só aos seguidores (“e ao dinheiro deles”), mas a si mesma. É que usar maquiagem e produtos de beleza tradicionalmente associados à imagem feminina foi outra conquista. “É empoderador demais poder usar um batom, porque para mim, no começo, era constrangedor. Eu não me sentia bem. Não era nem por mim, era mais pelo julgamento das pessoas”, explica ela, que ao iniciar a transição também raspou os cabelos. “Quando entendi que tinha que me sentir bem, esses momentos começaram a se tornar potenciais: outra menina trans ou mulher negra me via na rua, sorria para mim e dizia ‘nossa, que linda você, ‘mas eu passei só um batom’”, diz.

“Hoje quando eu me vejo no espelho, não tem como me sentir de outra forma a não ser maravilhosa. Porque eu construí esse momento, desconstruí e reconstruí o que é beleza para mim, também”, afirma, lembrando que tentou se adequar ao que tinha sido ensinada que era belo. “A gente quer se enquadrar nos padrões. Já alisei meu cabelo, já fiz isso, aquilo. Hoje faço tudo a partir do que eu gosto e me sinto bem. E não para representar um tipo de padrão. Por isso que quando falam ‘ai, você nem parece trans’, isso não é um elogio. Eu tenho orgulho de ser trans do jeito que eu sou. A minha imagem é trans. Eu eu também exalto a beleza trans”, ensina.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa blazer e saia Hugo Boss, top Rio Summer e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

REPRESENTATIVIDADE NAS TELAS
A beleza de Gabi poderá ser conferida mais uma vez pelo público da TV aberta em Cara e Coragem, trama das 7 na qual ela vive Luana, a secretária de Clarice, uma das personagens de Taís Araújo. Ela fica na trama até o final, mas ainda não sabe se Luana é uma mulher trans. “Pode ser que sim, pode ser que não. Como atriz também quero fazer papeis em que esse não seja o debate”, diz ela, que até hoje se empolga ao falar da escalação para Malhação.

“Eu só chorava”, conta, rindo. A experiência da vida, como ela define, passou pelo acolhimento no set, quando teve a oportunidade de criar seu texto. Além disso, lembra, estava sendo paga. O detalhe é importante já que em várias parcerias como influencer, por exemplo, ela nem sempre foi remunerada. E descobria só no meio de eventos que outras pessoas eram. “E eu era e sou a que mais precisa, porque pessoas trans estão em constante vulnerabilidade financeira, social, e de afeto”, diz.

“Hoje quando eu me vejo no espelho, não tem como me sentir de outra forma a não ser maravilhosa”

Gabriela Loran

“Representatividade é o ato de estar presente. Mas o nosso conhecimento é ouro. As pessoas pagam para aprender francês, contabilidade… Mas quando é para aprender sobre diversidade é ‘ah, me dá de graça, me ensina aí, vamos [pagar com visibilidade]”, aponta. “Mas visibilidade não é tudo, não enche a minha despensa, não paga a minha luz. Não. É um contrato maravilhoso, bem assinado, que é uma via de mão dupla, que é uma troca”, diz.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa blazer e saia Hugo Boss, top Rio Summer e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

Além de Cara e Coroa, Gabi está confirmada na terceira temporada de Arcanjo Renegado, a série de sucesso do Globoplay com Marcelo Mello Jr. – na plataforma também estão outros trabalhos da atriz como Perdido. Fez ainda filmes como O Último Animal e Anjo Loiro com Sangue no Cabelo, e gravou a série Novela, de Miguel Falabella, para a Amazon. O sonho?  “Um Oscar, que é o maior prêmio de atuação que você pode ganhar. Mas para isso precisam criar personagens para mim, uma atriz trans, com a carga dramatúrgica e a possibilidade de chegar lá. Lembro de uma atriz negra que, ao ganhar o Oscar, disse que aquilo só estava acontecendo porque finalmente criaram um papel para que eu possa estar aqui”, compara.

Paralelamente à trajetória como atriz, Gabi também investe no curso de Psicologia. O objetivo dela é, depois de formada, trabalhar com pessoas trans e suas famílias – o apoio que teve dos profissionais do IEDE foi fundamental em sua jornada. “Há profissionais que se dizem especialistas em gênero e acaba que os pacientes ensinam mais do que recebem. E a vivência ajuda nesse sentido. Além disso, o trabalho de atriz é muito inconstante, quero ter uma renda fixa e meu consultório”, diz. No quarto semestre de uma faculdade carioca, em sala de aula ela se sentiu acolhida pelos professores, rejeitada por alguns alunos com perfil religioso, e surpresa com a pauta trans já ser discutida no ambiente acadêmico.

“A academia ainda é muito binária e engessada em pensadores muito antigos, mas eles [os professores] já estão trazendo este debate para a sala. E ali é um lugar onde a gente deixa tudo o que acredita do lado de fora e entra como uma folha em branco”, conta, assumindo que não é sempre assim.  “Ser minoria não te isenta de reproduzir algum tipo de preconceito, mas quando você é [minoria] já tem um entendimento maior”, avalia. “Alguns alunos disseram que não concordavam com eu ser quem eu sou. Sinto pena porque são pessoas que estão se limitando ao não conhecer a diversidade, a realmente evoluir”, lamenta.

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa tricô Animale, short SRI Clothing e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

Nas redes, Gabi já sentiu o ódio dos haters. Costuma tirar print, e marcar a pessoa. Em janeiro passado, Mês da Visibilidade Trans, juntou todos os com discurso de ódio e fez uma denúncia à polícia. Seus seguidores muitas vezes tomam as dores da atriz e brigam com eles. Os fãs são um carinho extra na rotina do dia a dia. Torcem, vibram e, claro, dão pitacos na vida de Gabi. Muitos não se conformam, por exemplo, com ela estar sozinha e torcem para reatar o antigo namoro.

É que há cinco meses, ela rompeu um relacionamento de quatro anos com Pierre Teixeira, em uma decisão conjunta. “Foi o amor da minha vida, eu amo o Pierre, nós somos melhores amigos, se eu casar com alguém, um dia, vai ser com ele”, garante Gabi. “A gente se fala todos os dias, mas escolhemos caminhar juntos em caminhos separados. Eu precisava desse tempo para mim, e ele também”, explica ela, que está solteira.

CRÉDITOS
Fotos: Leo Lemos (@_leo_lemos)
Entrevista: Raquel Pinheiro (@raquelpinheiroloureiro)
Edição de texto: Danilo Saraiva (@danilosaraiva)
Design de capa: Eduardo Garcia (@eduardogarda)
Styling: Anderson Vescah (@vescah)
Beleza: Bruno Alsiv (@brunoalsvimake)
Assistente de beleza: Jéssica Rodrigues (@blackjess_makeu)
Assessoria Comercial: Mynd8 (@music2mynd)
Assessoria de Imprensa: Mario Camelo (@mariocamelo)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa tricô Animale, short SRI Clothing e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa tricô animal, short SRI Clothing e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran veste tricô Animale, short SRI Clothing e botas Vizzano (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa vestido SRI Clothing e brincos Rajastan (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)
Gabriela Loran usa vestido SRI Clothing, brincos Rajastan e óculos Chilli Beans (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran (Foto: Léo Lemos)

Gabriela Loran de saia e blazer Hugo Boss, top Rio Summer, botas Vizzano e anel Rajastan (Foto: Léo Lemos)

Fonte: Quem