Principal

Rota da cocaína: droga que atravessa MS vai para a Europa por ‘carona clandestina’ em navios

Esquema conta com mergulhadores do tráfico e está à frente de apreensão de cocaína esta semana em Campo Grande

A apreensão de quase meia tonelada de cocaína esta semana em Campo Grande expôs esquema utilizado pelo tráfico internacional que utiliza Mato Grosso do Sul como rota para ‘exportar’ drogas para a Europa. Os criminosos utilizam até mergulhadores e usam ‘carona clandestina’ em navios para os entorpecentes chegarem ao outro continente sem que as empresas proprietárias das embarcações saibam que estão sendo ‘usadas’ pelo tráfico.

A apreensão mais recente ocorreu esta semana, quando 483 kg de cocaína foram apreendidos em meio a engradados de bebida, em caminhão na MS-040. Ação foi realizada por policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) no contexto da Operação Hórus, do Ministério da Justiça.

A droga tinha como destino o Estado de São Paulo, possivelmente o porto de Santos por onde a droga seria enviada para a Europa, mas não se sabe o país para onde o entorpecente seria enviado.

A polícia descobriu o método que seria utilizado pelos criminosos graças à maneira com que a cocaína havia sido embalada. A droga estava enrolada em uma borracha preta, método utilizado pela organização criminosa para proteger a droga que vai submersa.

Segundo o Dracco, a organização criminosa atua da seguinte forma: após atravessar MS, o caminhão com a cocaína seguiria para o porto de Santos. Antes do navio sair do porto, os criminosos utilizam um pequeno barco durante a noite, onde o mergulhador leva até o casco do navio uma caixa com ímã e a fixa em pontos estratégicos da embarcação.

Dessa forma, os entorpecentes são levados até o exterior. Quando a droga chega ao outro continente, é feito o mesmo processo: um barco menor com um mergulhador fica próximo ao navio e os criminosos retiram as caixas com ímãs contendo as drogas e depois é feita a distribuição.

Foram 445 tabletes de cocaína pura apreendidos pelo Dracco, que totalizaram 483,60 kg. Conforme a diretora do Dracco, delegada Ana Claudia Medina, a droga está avaliada em cerca de R$ 60 milhões e era destinada ao tráfico transnacional. Cada tablete de cocaína no exterior é vendido por US$ 25 mil, equivalendo na cotação atual a R$ 125 mil.

Fonte: DN

Redação: GDS News

Mostrar Mais
Botão Voltar ao topo