BrasilFixoVacinação

Idosos não vacinados morrem 15 vezes mais por Covid-19 no Rio do que idosos com imunização em dia

Para a Secretaria municipal de Saúde (SMS), os números indicam a proteção “altíssima” conferida pela vacinação, em especial pela dose de reforço.

Dados de efetividade da vacina contra a Covid-19 compilados pela prefeitura do Rio apontam que, na cidade, mortes pela doença ocorrem 15 vezes mais entre os idosos não imunizados do que entre aqueles com o esquema completo. Entre as pessoas de 12 a 59 anos com dose de reforço, a incidência de mortes pela doença a cada cem mil habitantes foi de zero nos últimos 50 dias. Para a Secretaria municipal de Saúde (SMS), os números indicam a proteção “altíssima” conferida pela vacinação, em especial pela dose de reforço.
As informações se referem ao período de 1º de dezembro a 10 de janeiro. Mas a escalada da doença continua: nesta quarta-feira, a capital registrou 11.043 casos, o maior desde o início da pandemia.

Covid-19: Pela primeira vez desde agosto de 2020, metade dos testes realizados na cidade do Rio tem resultado positivo

Os números constam do novo boletim epidemiológico da Secretaria municipal de Saúde, apresentado ontem na reunião do Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC). Com base nos dados, o grupo de especialistas que assessora a prefeitura destacou, na ata oficial do encontro, que “os pacientes internados têm status vacinal inversamente proporcional à proteção plena”. Atualmente, apenas 0,1% das infecções causadas pela Covid-19 é grave, “o que demonstra claramente que as vacinas funcionam na prevenção de casos graves e óbitos”, pontuam os cientistas.

Segundo o documento, a taxa de óbitos por coronavírus entre idosos com o esquema primário (duas doses) da vacina mais o reforço é de 1,31 caso por cem mil habitantes. Já entre os não vacinados ou com o esquema incompleto nesta faixa etária, a incidência sobe para 19,51 mortos por cem mil habitantes. Aqueles que tomaram as duas doses mas ainda não receberam o reforço ficam no meio do caminho, com 5,57.

Ômicron: Aumento de testes RT-PCR na rede pública sobrecarrega laboratório central do governo do RJ

— O reforço confere uma proteção altíssima — avalia o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. — Ele é fundamental para evitar internações e óbitos pela variante Ômicron. O desafio agora está em vacinar 722 mil cariocas que já completaram quatro meses da segunda dose e estão aptos a tomar a terceira.

Positividade chega a 50%
O efeito da imunização se reflete em outras faixas etárias. No grupo de 12 a 59 anos que está com a vacinação atrasada, a taxa de mortes por Covid-19 é de 0,53 caso por cem mil habitantes; entre aqueles com a vacinação em dia, o índice é de zero.

Em relação às internações, a diferença é ainda mais acentuada. Idosos com a imunização incompleta ou sem dose alguma registram 24 vezes mais hospitalizações por Covid-19 do que os com a vacinação em dia, ou seja, com a dose de reforço. O primeiro grupo tem uma taxa de 204,88 internações por cem mil habitantes; o outro, de apenas 8,60 casos a cada cem mil pessoas. A vacina tem o mesmo impacto positivo nas outras faixas etárias.

Teste de Covid-19: Veja quando fazer a testagem, onde ser atendido no Rio e os horários

Mas a avalanche de casos de Covid-19 deixa autoridades em alerta. Postos de saúde estão lotados desde o início do ano de pessoas em busca de exames para diagnosticar a doença, enquanto laboratórios privados já sofrem com a falta de insumos para testes. Nesta quarta-feira, a taxa de positividade para Covid na cidade do Rio chegou a 50%. Para dar conta da demanda, a prefeitura está contratando servidores que vão atuar nas unidades de testagem em troca de diárias de cem reais. Além disso, novos leitos estão sendo abertos na capital: ontem havia 233 internados e 40 doentes na fila de espera.

A Ômicron, que desencadeou a quinta onda da doença no Rio, já desbancou a Delta em número de casos, e de longe. No último sábado, a média móvel pela data de início de sintomas bateu 4.611 novas infecções. E o número ainda pode ser atualizado nos próximos dias. Ainda assim, já é mais que o dobro do registrado no pico da onda provocada pela Delta, em agosto, quando a média móvel chegou a 1.983 casos.

Ômicron: Veja cidades do Rio que já registram aumento de casos

Mas, quando analisadas as internações e as mortes por Covid, a situação é inversa. No pico da Delta, quando os adultos estavam apenas com a primeira dose da vacina, a cidade tinha mais de 500 doentes internados em UTIs e 250 em enfermaria, o triplo do que temos hoje. Já a média móvel de óbitos era de 70, enquanto agora há quatro confirmados desde o início de janeiro.

Fonte O Extra.
Redação Gdsnews.

 

Mostrar Mais
Botão Voltar ao topo